segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Planeta Terra 2013 - impressões e alguns links

Planeta Terra 2013
Foto: Liliane Callegari

Fui ao Planeta Terra 2013 com um pensamento muito bem definido: ver Travis e Blur, o que viesse a mais era conseqüência. Dito isso, segue abaixo uma série de breves comentários sobre o que vi no festival e alguns links legais no final.


Palco Smirnoff: Clarice Falcão, Palma Violets e Beck
Palco Terra: BNegão e os Seletores de Frequência, Travis, Lana Del Rey e Blur

Clarice Falcão: Cheguei no fim do show. Deu tempo de ver a participação do Gregório Duvivier (namorado e parceiro de Porta dos Fundos da moça) para reproduzir o vídeo “Essa é Pra Você”, publicado no canal do youtube que os deixou famosos. Em meio a tanta fofice, o que dá pra dizer é que Clarice Falcão é uma gracinha, mas a música... é, não dá. 

Clarice Falcão
Foto: Liliane Callegari

BNegão e os Seletores de Frequência: Sem o mesmo apelo popular da cantora do Porta dos Fundos, BNegão pegou o público ainda se ajeitando no festival, ainda assim fez um show bem competente, só não vi final porque fui conferir o outro palco.

B Negão
Foto: Liliane Callegari
   

Palma Violets: Devo ter ouvido umas duas vezes o disco dos caras, o som é até simpático. No palco foi aquele esquema, baterista e (principalmente) baixista empolgados, vocalista blasé e tecladista parecendo respirar com ajuda de aparelhos. Funcionou bem por algum tempo, depois cansou.

Palma Violets
Foto: Liliane Callegari



Travis: Costumo dizer que se o mundo fosse justo, o Travis teria muito mais fãs e muito mais sucesso que o Coldplay. Mas se assim fosse, talvez não teríamos a oportunidade de ver esse belo show dos escoceses. As músicas do (bom) disco de 2013 (Where You Stand) fluíram bem, “Sing”, “Side”, “Re-Offender” e “Flowers In The Window” também fizeram bonito, mas era nos hits do clássico “The Man Who” que tudo acontecia. “Driftwood”, “Writing To Reach You”, “Turn” e o momento sempre incrível de todo mundo pulando em “Why Does It Always Rain On Me”.

Foto: Ricardo Matsukawa/Terra

Lana Del Rey: A histeria era gigante, se pegassem todas as coroas de flores das cabeças dos fãs dava pra montar uma floricultura enorme. Vi as quatros primeiras músicas, tudo muito arrastado e... bem... fake. O maior legado de Lana Del Rey para o Planeta Terra (me refiro ao festival, claro) foi embelezar ainda mais o evento, público incluso.


Foto: Ricardo Matsukawa/Terra

Beck: Aqui temos um problema. Conheço pouquíssimo da carreira do cara. O show começou muito bem, com “Devil Haircut”, “Novacane”, “One Foot In The Grave” e “Loser”, mas na parte “eletrônica” com o cover de “Tainted Love” e “Modern Guilt” a brochada veio forte. Depois disso, muito por falta de conhecimento do trabalho do cantor, não me pegou mais. Uma parte me chamou atenção, que depois soube que eram as musicas “The Golden Age” e “Lost Cause”, mas nesse momento eu já me dirigia para o palco principal. Muitos amigos falaram maravilhas do show, ou seja, preciso ouvir essa discografia logo.
    


Foto: Mauro Pimentel/Terra

Blur: Quais as chances de não ser bom um show que começa com “Girls And Boys”, “There’s No Other Way” e “Beetlebum”? tudo intenso, vibrante! Albarn pulava feito louco. O show do Blur parece ser milimetricamente dividido em blocos, depois da trinca inicial matadora começou a parte mais densa e experimental, com “Out Of Time”, “Trimm Trabb” e “Caramel”, aqui cabe um adendo, não que seja novidade, mas Grahan Coxon é um dos maiores anti-guitar heros da historia. Em seguida veio um bloco para colocar todo mundo pra cantar: “Coffee And TV”, “Tender” e “To The End”. “Tender” responsável por um dos grandes momentos do festival, um coro que ainda vai ficar na cabeça por muitos dias. Então, para sair do bloco mais contemplativo, “Country House” e “Parklife” (com Phil Daniels) botaram fogo de novo na apresentação, e para encerrar o set normal “End Of A Century” e “This Is a Low” em mais um momento denso e bonito. No bis: “Under The Westway”, “For Tomorrow” (com bolas coloridas no meio da galera), a sublime “The Universal”, com o refrão berrado enquanto as pessoas se abraçavam e pulavam juntas, e ainda, o final arrasador com “Song 2”, meu corpo dói até agora por conta da roda de pogo.   

Foto: Ricardo Matsukawa/Terra

Mais sobre o Planeta Terra 2013:

Balanção no Scream & Yell : 

Floga-se sobre a estrutura do festival e outras coisas: 

Cobertura gonzo do Fora do Beiço:

Fotos incríveis que a Lili fez no festival:
http://www.flickr.com/photos/lilianecallegari/sets/72157637525088596/

As 20 melhores músicas do Blur, no Pergunte Ao Pop:
http://pergunteaopop.blogspot.com.br/2013/11/especial-as-20-melhores-musicas-do-blur.html

Uma amostra de como era o clima depois do fim do festival:
http://www.youtube.com/watch?v=z94TT-g-keI