segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Lost in the Yorkeland




Previously on lost:


Henry Gale, Benjamin Linus, o Zep de Jogos Mortais I, THOM YORKE?! Quem será essa figura tão importante na saga do sobreviventes do vôo Oceanic?!

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Como uma pedra que rola


Foto: Daniel Kramer, 1965

Não sou muito adepto do blog como "Meu querido diário, hoje acordei triste e bla bla bla...", mas por hoje abro uma excessão. Me aproprio da justificativa (leia-se desculpa esfarrapada) que por mais que seja um "causo" pessoal, tem música envolvida na história.


Bom, vamos lá... faço parte de uma banda com o repertório baseado em covers dos anos 50, 60, 70 e 80, sou baixista e eventual vocalista. Minha maior vontade é ter um projeto com composições próprias, mas enquanto isso não é possível gosto e me divirto bastante com a banda da qual faço parte, a propósito o nome é Vinill.


Como disse sou eventual vocalista, só canto musicas mais adequadas a meu tipo de voz (grave), o que compõe uma pequena parte do repertório, mas nunca escolho o que cantar, as coisas seguem bem esse padrão que citei, o do tipo da voz adequada.


Apenas uma vez, selecionando músicas para o repertório, me prontifiquei e interrompi a música dizendo: "essa eu quero cantar heim!", era "Like a Rolling Stone". Essa música sempre representou muito para mim, não sei exatamente porque, mas como ninguém da banda contestou ficou decidido.


Nunca conseguimos apresentar essa canção em nossos pequenos shows, uma vez porque não tinha ficado legal no ensaio, outra porque eu não conseguia decorar toda a letra e assim por diante.


No último domingo ensaiamos alguma músicas que estavam meio esquecidas no repertório, e entre elas estava o clássico de Bob Dylan. O problema é que venho passando por umas complicações na garganta, inclusive já havíamos combinado que não passaríamos as músicas que eu cantava, tentamos uma ou outra, mas logo no começo já era interrompida por um acesso de tosse. Mas "Like a Rolling Stone" é especial, e há tempos nem ensaiávamos ela, então, depois de alguma insistência (bem pouca na verdade), resolvi tentar.


E a música seguia, os versos saiam com o sofrimento de quem tem uma arma apontada pra cabeça, mas seguia. Cada "How does it feels" parecia que eu dizia a mim mesmo, mas os versos iam seguindo, e nossa sala de ensaio estava recheada de sorrisos, na verdade talvez nem estivesse, mas era o que eu sentia. Poderia romantizar mais a história dizendo que nunca havia cantado essa música tão bem, mas não seria verdade, alguns deslizes foram inevitáveis, mas nada muito prejudicial. Quando foi executado o dó maior final da música parecia que meus pés estavam voltando ao chão, minha satisfação era nítida. Obviamente não cantei mais nada nesse dia, mas já estava satisfeito.


Engraçado isso acontecer em uma época que estou ouvido incansavelmente o Blonde on Blonde, e quase as vésperas das apresentações de Dylan no Brasil. Infelizmente não vou poder conferir os shows, mas fico aqui na certeza que serão memoráveis, e fico também com a lembrança de quando Dylan me curou, pelo menos durante os quase 6 minutos da grande "Like a Rolling Stone"

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Lista - Melhores Álbuns de 2007 (Nacional)

1# Violins – Tribunal Surdo

A melhor definição que ouvi para o trabalho mais recente desses goianos é que o álbum é um soco no estômago. Realmente, a crueza das letras de “Anti-herói (parte 1 e 2)”, “Campeão Mundial de Bater Carteira”, e principalmente “Grupo de Extermínio de Aberrações” podem causar náuseas e outros sintomas típicos de quem percebe que dias piores virão. Todo o lirismo e as lamúrias (criticados por alguns) dos álbuns anteriores continuam presentes, mas dessa vez cobertos por uma espessa camada de sujeira, seja nos acordes ou nas palavras.

TOP 3: “Grupo de Extermínio de Aberrações” – (3’23”)
“Campeão Mundial de Bater Carteira” – (4’28”)
“Anti-herói (parte 1)” – (4’19”)

2# Superguidis – A Amarga Sinfonia do Superstar

O elogiado álbum de estréia do Superguidis (2006) era puro frescor adolescente. Neste segundo trabalho podemos dizer que os rapazes estão mais maduros, mas felizmente no melhor dos sentidos. Os temas adolescentes continuam, mas dessa vez imersos numa bela nostalgia. Nunca pensei que poderia me emocionar com frases como “Bicicleta aro 15, tênis com cheiro de chiclete...”.




TOP 3: “Mais um Dia de Cão” – (2’45”)
“Parte Boa” – (2’49”)
“Mais do que isso” – (4’01”)


3# Terminal Guadalupe – A Marcha dos Invisíveis

A competência do Terminal Guadalupe já havia sido atestada em seu primeiro álbum Você Vai Perder o Chão (2005). Agora com A Marcha dos Invisíveis vêm a comprovação, letras inteligentes aliadas a boas guitarras e ótimas melodias pop. É fácil notar a influência do Legião Urbana (se alguém pensou em Catedral esqueça), tanto no discurso quanto na entonação.

TOP 3: “De Turin a Acapulco” – (4’20”)
“Pernambuco Chorou” – (3’37”)
“Atalho Clichê” – (4’40”)


4# Los Porongas – Los Porongas

“Rock Amazônico”, “Green Indie”, nada mais inspirador para rótulos esdrúxulos que uma banda de rock vinda do Acre, mas que o Los Porongas é uma excelente banda não é mais segredo para ninguém. Algumas letras podem causar certo estranhamento no início, mas é só aguardar um pouco e perceber como a coisa flui como poucas bandas no país.

TOP 3: “Espelho de Narciso” – (5’54”)
“Enquanto uns Dormem” – (5’01”)
“Como o Sol” – (5’23”)



5# Vanguart - Vanguart

Uma das bandas independentes mais festejadas de 2007 corresponde as expectativas com seu primeiro álbum. Misturando composições em inglês e português o disco traz em suas músicas um folk rock com frescor de novidade e um vocalista “thomyorkiano”.

TOP 3: “Para Abrir os Olhos” – (2’39”)
“Los Chico de Ayer” – (3’26”)
“Semáforo” – (3’49”)