quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Cidadão Instigado em Araçatuba


Uhuuuuuuu!!

Os cearenses do Cidadão Instigado, que lançaram um dos melhores albuns de 2009 ("Uhuuu"), se apresentam em Araçatuba no dia 8 de janeiro, sexta-feira. O show, com início às 20h30 na praça João Pessoa, é promovido pelo Sesc Birigüi. Obrigado Santo Sesc.

A banda é liderada por Fernando Catatau, uma das mentes mais criativas da música brasileira atual. Além de ser o frontman do grupo, é guitarrista de apoio de diversos artistas e ainda produtor musical. Produziu esse ano o ótimo "Certa manhã acordei de sonhos intranquilos", do pernambucano Otto. Ou seja, está envolvido em dois dos melhores albuns brasileiros de 2009. Acha pouco? vá ao show e confira.








Para quem não conhecia, sim, a voz dele é estranha. Assim como a do Bob Dylan e a do Chico Buarque, só para citar dois.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Mallu Magalhães - Mallu Magalhães


de olho em você (divulgação)

Um ano e 10 centímetros depois Mallu Magalhães está de volta. Após um ano de surgimento na música, a garota que, dormiu com algumas músicas no myspace e acordou escoltada por um contrato com empresa de telefonia móvel, reaparece com 17 anos completos e mais alta 10 centímetros. Mallu lança seu segundo álbum, novamente homônimo, e mostra que o crescimento não foi só físico, mas especialmente nas referências, mais variadas e bem canalizadas.

Com a maioria ainda em inglês, dessa vez são 6 composições em português, 4 a mais que no álbum anterior. O som continua ancorado no folk do primeiro trabalho, mas dessa vez com aventuras por vários estilos, como reggae em “Shine Yellow”, tropicália em “Versinho de Número Um” e “Compromisso”, um pouco de psicodelia em “Bee On The Grass” e baladas introspectivas como “Te Acho Tão Bonito” e “É Você Que Tem”.

Não há canções de apelo imediato como “J1” e “Tchubaruba”, que alavancaram o início da carreira da cantora, mas o conjunto do disco melhora e se torna mais consistente a cada audição. É fato que ainda há o que amadurecer no som da jovem artista, mas é inegável que o que ela já fez até os 17 anos é muito mais do que 90% do primeiro escalão do pop rock nacional vem produzindo nos últimos 10 anos, pelo menos.






Texto publicado dia 13 de dezembro de 2009 no jornal Folha da Região, de Araçatuba/SP

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Grandes poderes trazem grandes responsabilidades


Disco do ano?

Imagine se você pudesse escolher cada integrante de uma provável banda dos sonhos. Bem, o mundo da música ainda não está tão interativo assim, mas, de fato, 2009 é o ano das superbandas. Algumas inusitadas, outras que nos trazem a impressão que os integrantes nasceram para tocar juntos. Algumas unindo músicos decadentes e esquecidos, outras colocando em sintonia artistas em pleno auge.

O melhor exemplo de superbandas no ano é a união entre o vocalista e guitarrista do cultuado Queens of the Stone Age, Josh Homme; o vocalista, guitarrista e baterista, Dave Grohl, atual Foo Fighters e ex-Nirvana; e John Paul Jones, baixista do lendário Led Zeppelin. É o Them Crooked Vultures, com Homme nos vocais e Grohl na bateria. O recém-lançado álbum do grupo é uma pérola do mais puro rock’n roll com experimentalismos fascinantes.

O disco, que certamente irá liderar a maior parte das listas de melhores do ano, não é exatamente um álbum fácil. É aconselhável que, antes de ouvi-lo, você conheça razoavelmente os trabalhos de cada integrante, especialmente de Josh Homme. Pois o Them Crooked Vultures cruza com maestria o experimentalismo do Queens of the Stone Age, com a veia pop do Foo Fighters e o rock clássico e vigoroso do Led Zeppelin. Desafio: tente ouvir o riff de guitarra da faixa Elephants e não ter vontade de sair pulando feito um louco.



Senhores de respeito

Outro grupo que merece destaque é o Chickenfoot. Banda que une os ex-Van Hallen, Mike Anthony e Sammy Hagar, respectivamente baixista e vocalista; Chad Smith, baterista do Red Hot Chili Peppers; e o guitarrista virtuoso Joe Satriani. O resultado é um Hard Rock a moda antiga, com destaque para a guitarra de Satriani, que era justamente o que poderia comprometer o trabalho com as habituais firulas do músico.

Tudo isso sem citar o The Dead Wheaters, que une Jack White, do White Stripes com Alison Mosshart do The Kills; e o inusitado Tinted Windows, que coloca lado a lado James Iha, do Smashing Pumpkins, e Taylor Hanson, dos Hansons, sim, você leu direito, Hansons, e o resultado é um power pop até interessante.

Como o assunto é superbandas, nada melhor que citar algo ligado a um super-herói: “grandes poderes trazem grandes responsabilidades” foi o que Benjamin Parker, mais conhecido como Tio Ben, disse a Peter Parker, o eterno Homem-Aranha. Realmente, a cobrança com os supergrupos é redobrada, mas se os artistas souberem imprimir sua personalidade, e de suas respectivas bandas, na união, o resultado atrai fãs de todos os grupos envolvidos, e é claro, ainda com a possibilidade de angariar novos seguidores.



Texto publicado dia 29 de novembro de 2009 no jornal Folha da Região, de Araçatuba/SP

domingo, 22 de novembro de 2009

Quase - Ecos Falsos


(Divulgação) (!!)


Com o mercado fonográfico em colapso e o compartilhamento de músicas online cada vez mais corriqueiro, os artistas precisam se reinventar, não mais apenas musicalmente, mas também nas formas de divulgação e distribuição de seus trabalhos. A banda independente paulistana Ecos Falsos acaba de lançar parte de seu novo álbum, intitulado “Quase”. Você deve estar se perguntando: “como assim ‘parte’ do álbum?”. Eu explico.

Serão 15 músicas novas, 10 foram liberadas este mês para download gratuito no site da banda (www.ecosfalsos.com.br) e em formato físico com extras multimídia. As outras faixas serão lançadas a partir desse mesmo mês em singles virtuais contendo cada um 3 faixas, duas já presentes no disco e uma não. Será lançado um single por mês até março de 2010, os nomes dos lançamentos serão “Q”, “U”, “A”, “S” e “E”. Os cinco singles também vão existir em formato físico, em mini-CDs customizados com uma faixa bônus, que serão vendidos junto com camisetas criadas por designers convidados. E como se não bastasse, em março, quando terminarem os singles, será lançado um livro com 15 histórias de ficção escritas pela banda, fichas técnicas, letras, fotos, notas de produção e o CD encartado com as 15 músicas e outras coisas que eles ainda vão inventar.

Confuso? Com certeza, mas muito divertido. Em tempo, as músicas liberadas felizmente não ficam em segundo plano. É rock divertido com letras inteligentes e bem sacadas. Da impagável “Spam do Amor” aos rocks vigorosos de “O Boi” e “Deadline”. O ideal poderia ser simplesmente lançar o CD e as pessoas comprarem, mas onde fica a diversão? Até em tempos de crise os roqueiros inventivos conseguem se divertir.




Texto publicado dia 15 de novembro de 2009 no jornal Folha da Região, de Araçatuba/SP

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Chiaroscuro - Pitty


"What the fuck is this?"

Em seu terceiro álbum de estúdio, a bahiana Pitty busca referências inusitadas, mas o resultado segue a cartilha dos trabalhos anteriores. Arrisca um tango em “Água Contida”, com participação de Hique Gomez, do grupo Tangos e Tragédias; dá novos ares a tradicional dona de casa em “Desconstruindo Amélia” e resvala na jovem guarda e em grupos vocais femininos na grudenta “Me Adora”, mostrando que a pose de vedete pode ser mais interessante que o estereótipo de roqueira.

Os destaques ficam por conta de “Fracasso”, com seu refrão marcante, e da balada “Só Agora”, uma canção de ninar que inevitavelmente remete ao fato da cantora ter perdido um bebê no terceiro mês de gestação, antes da gravação de Chiaroscuro. Ainda sobra espaço para canções como “Sombra”, um quase trip-hop com possível inspiração na banda inglesa Portishead; os rocks medianos “8 ou 80”, “Medo” e “Todos Estão Mudos”; e as insossas “Trapézio” e “Rato na Roda”.

Apesar do saldo irregular, é perceptível em Chiaroscuro que, lentamente a cantora vai se despindo da carapuça de rockstar, o que nesse caso pode ser extremamente proveitoso. Só falta ela entender que não há necessidade de citar estrategicamente medalhões da literatura, ou algo que o valha, para legitimar suas referências cult.





Vídeo retirado do DVD Chiaroscope, lançado logo após o álbum.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

O Bom Rock’N’Roll Não Tem Idade


"Mas rock não é com guitarra?"

Magro, com ralos cabelos brancos e um eterno semblante de tristeza. Você apostaria que esse senhor, de 68 anos completos, lançaria em 2009 um álbum intitulado “Rock’N’Roll”?. Improvável, mas o tremendão Erasmo Carlos não se intimidou com o tempo e colocou suas armas para o combate em seu mais recente trabalho.

Rock’N’Roll é um álbum que faz jus ao título, obviamente no estilo Erasmo de fazer rock. Escoltado por parcerias com Nelson Motta, Chico Amaral (compositor de diversos hits do Skank) e Nando Reis, Erasmo desfila 12 faixas, produzidas por Liminha, cheias de referências à ídolos, ao estilo que dá nome ao álbum, e especialmente à si mesmo.

Na primeira música de trabalho, “Cover”, o tremendão brinca com o fato de nunca ter visto um cover de seu trabalho, com isso se proclama cover de si mesmo: "Sou um cover que imito até o meu autógrafo/ Diferente de tantos de norte a sul/ Covers de Roberto ou de Elvis/ Michael Jackson, Beatles e Raul". Nas letras do álbum, em geral, tudo é dito com nítida singeleza e honestidade, mas com uma fina ironia, ecos da ingenuidade da jovem guarda com respingos do cinismo do mundo moderno.

Músicas chamadas “A Guitarra É Uma Mulher” e “Um Beijo É Um Tiro” poderiam fatalmente ser taxadas de cafonas, até patéticas. Ouvindo de Erasmo, entretanto, tudo parece fazer sentido, tornando-se tocante inclusive. Assim como na canção-homenagem às mulheres: “Olhos De Mangá”, em que são enumeradas beldades, de Gisele Bündchen à Marge Simpson (!!) seria Erasmo Carlos um visionário, já que recentemente foi anunciado que a mamãe Simpson será capa da revista Playboy americana de novembro?

Enquanto Roberto Carlos faz o mesmo show para o mesmo público nos finais de ano na Rede Globo, o eterno “número dois” da Jovem Guarda se cerca de jovens. A banda de apoio conta com membros da banda independente carioca Filhos da Judith, sem contar que a apresentação do Pout-Pourri de “Cover” com sucessos da Jovem Guarda no VMB (Vídeo Music Brasil) da MTV foi o melhor show da noite.

Sereno como um ancião, mas com o vigor musical de um garoto, Erasmo Carlos não lançou um trabalho que vai abalar as estruturas da música brasileira, mas provou, com um registro de músicas honesto e competente, que sua vitalidade está intacta, e que existe vida no tão estagnado hall dos medalhões da música brasileira.



Texto publicado dia 25 de outubro de 2009 no jornal Folha da Região, de Araçatuba/SP

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Por que eu gosto dessa porra?

Pois é, sabe aquelas músicas que você ouve e fica se perguntando: por que diabos eu gosto dessa coisa cafona, vazia e fora de contexto?

Enquanto o novo do Strokes não dá sinal de vida Julian Casablancas nos dá um exemplar daquilo que citei acima. "11th Dimension", divirta-se, ou não.

sábado, 26 de setembro de 2009

40 Anos da Bela Inconstância de Abbey Road


"Tá, eu já sei que era um sósia do Paul..."


Há 40 anos era lançado Abbey Road, dos Beatles. O álbum com uma das capas mais clássicas e mais parodiadas da história da música. Vai me dizer que você nunca tirou uma foto com seus amigos atravessando a rua! No entanto, além da estética, sempre muito comentada, o último trabalho gravado dos Beatles é uma obra-prima dos contrastes. A começar pelo fato de um disco tão importante e tão bem acabado ser lembrado popularmente, muitas vezes, inicialmente pela capa (como comecei a resenha mesmo?).

Na época do lançamento do álbum, 1969, os Fab Four passavam por dificuldades internas. Algo como embate de egos e birrinhas entre John Lennon e Paul McCartney principalmente, além de problemas mais ligados a negócios envolvendo a “pessoa jurídica” Beatles. A junção de tudo isso culminou na separação da banda posteriormente ainda no mesmo ano.

Em meio a toda essa turbulência é lançado Abbey Road, considerado por muitos, um dos mais bem acabados trabalho da banda. Irônico? Sim. Mas contribui para toda essa mística, consciente ou não, dos contrastes no álbum.

Mesmo o disco sendo dividido com músicas de Lennon no início e de McCartney no fim, considerando as duas pérolas de George Harrison (Something e Here Comes The Sun) e o lampejo de Ringo Starr (Octopus’s Garden), a sequência das músicas é marcada pelas abruptas mudanças de uma faixa para outra, oscilando entre harmonias tensas, extremamente melodiosas, roqueiras e alegres. Algo similar a montanha russa de temperamentos na banda.

O início é cadenciadamente roqueiro e empolgante com Come Together e seu baixo que salta aos ouvidos (especialmente na versão remasterizada), além da guitarra marcante no refrão e no solo. Em seguida o furor é cortado com toda a leveza de Something, música de uma dinâmica que impressiona. É a prova do talento de Harrison como compositor.

Depois de todo o caráter contemplativo, Maxwell’s Silver Hammer surge quase circense, fechando a trinca no mínimo curiosa das faixas de abertura do disco. Para confundir um pouco mais, as belas melodias voltam com Oh! Darling e seus belos vocais e espasmos de guitarra, mas a mansidão é cortada com os berros rasgados de Lennon.


(Everett) Quem tomava as rédeas?

Eis que a alegria ressurge com o eterno coadjuvante Ringo Starr e sua Octopus’s Garden. Pois bem, até nessa resenha o espaço do Ringo é reduzido, passemos para a próxima. I Want You (She’s So Heavy), a mais longa canção dos Beatles (7’47”). Tensa, cheia de mudanças de andamento e com uma guitarra acompanhando a melodia vocal por toda a música. A letra repete incansável e quase desesperadamente “I Want You, I Want You So Bad, It’s Driving Me Mad”. Yoko?!

As lamúrias da jam session no fim de I Want You terminam assustadoramente bruscas e no meio do compasso para o belo e ensolarado (sorry, o trocadilho foi inevitável) início de Here Comes The Sun, como uma redenção. George Harrison, mais uma vez, literalmente fazendo (ou embolando) o “meio-de-campo” entre os dois egos inchados do grupo.
Pois bem, recupere-se de toda a aura hippie e caia na melancolia dissonante de Because, onde os vocais dolorosamente emocionam. Tire a tensão, mas mantenha a melancolia, é assim que começa You Never Give Me Your Money, mas logo o andamento muda e empolga. Lá se vai uma constante.

A partir daí começa uma série de músicas curtas e emendadas, como se fossem uma grande suíte. Sun King viaja lentamente para a debochada Mean Mr. Mustard, que quebra para o rock Polythene Pam, culminando na mais cadenciada She Came In Through The Bathroom Window.

Para encerrar o álbum, mais uma suíte, agora de três músicas, todas em clima grandioso de final de show, Golden Slumbers vira Carry That Weight que, além de retomar a melodia de You Never Give Me Your Money, tem cara daquelas músicas que reúnem no fim do show todos os convidados cantando junto. Até que The End pega carona e encerra o disco com direito a mais uma mudança de andamento. Quer dizer, pelo menos era pra encerrar, mas depois de alguns segundos de silêncio aparece Her Majesty, de 26 segundos, que Paul McCartney pediu para ser colocada no final e a banda consentiu.

Mesmo com todas essas idas e vindas, Abbey Road é sim um álbum coeso e bem acabado. É justamente no meio desse turbilhão de sensações que é possível encontrar a linearidade do disco. Com reflexos dos conflitos internos ou não, a música estava lá, captando tudo ao redor e contribuindo para um belo álbum, que mesmo 40 anos depois, soa atual e cada vez mais presente e importante para realidade musical que vivemos, muito além de quatro rapazes atravessando a rua.

sábado, 12 de setembro de 2009

Alguns lançamentos...

Backpacer - Pearl Jam



Eddie Vedder berrando é sempre bem vindo. Na mesma linha do último álbum lançado (Pearl Jam, 2006), apenas mais urgente, músicas mais curtas (mais da metade das faixas na casa dos 3min) e rápidas (sobreviva as quatro primeiras depois a gente conversa).

Top 3: The Fixer
Supersonic
Gonna See My Friend

Nota: 8






The Resistance - Muse



Já gostei bastante do Muse, ainda acho Absolution (2006) um baita álbum. Mas daí em diante a coisa desandou para um progressivo ambicioso e enfadonho, vide o porre Black Holes And Revelations. Aqui a banda encarna algo como um emocore marciano.

Top 3:
Uprising
Undisclosed Desires
I Belong To You

Nota: 5




Hein? - Ana Cañas



Após o bom Amor e Caos (2007), Ana Cañas volta com uma pegada mais roqueira, mas nem pense em Pitty e roqueiras revoltadinhas. O negócio aqui é mais para a Gal Costa de Fa-Tal (1971) e Caetano de Transa (1972). Em Na Multidão, faixa que abre o disco (parceria com Liminha e Arnaldo Antunes), há tempos não via uma cantora tão à vontade cantando.

Top 3: Na Multidão
Coçando
Esconderijo

Nota: 8

domingo, 23 de agosto de 2009

Arctic Monkeys entra no jogo, façam suas apostas!


"Somos tão jooooovensss"

Será que demorei muito para chapar em Arctic Monkeys? agora que saiu o fodão Humbug estou ouvindo Favourite Worst Nightmare como nunca.

Aconteceu comigo da mesma forma quando surgiu o Strokes. Toda aquela babação em cima deles me fez torcer o nariz antes de ouvir com calma. Depois de ouvir todo tipo de comentário no estilo "next big thing" resolvi escutar a galera de Julian Casablanca, Last Nite foi a primeira, e única da vez, acho, não me lembro direito. Minha reação foi: "Esse é o tal Strokes? próximo por favor". E a impressão seguiu até pouco antes do lançamento do segundo álbum, quando sei lá porque, resolvi ouvir o Is This It com calma. Resultado: hoje acho o álbum fundamental, importantíssimo como pilar musical/estético para a década de 00.

Tudo bem que os dois álbuns seguintes não fazem jus ao grande legado iniciado com o debut, mas acho que o jogo ainda vira, não sei mais se o sucessor de First Impressions of Earth sai esse ano, mas se sair, por exemplo, em dezembro, já nasce com grandes chances de liderar todas as listas de melhores do ano, o que seria interessante, algo como a banda ensinando como se faz, no início e no fim da década, já que Is This It é de 2001.

Voltando ao Arctic Monkeys, gostei de I Bet You Look Good On The Dancefloor logo de cara, mas não me empolguei o suficiente para engrossar o coro que colocava a macacada como a última bolacha do pacote. E agora, com todo esse estardalhaço do lançamento (e vazamento na web) do Humbug, fui atrás dos dois trabalhos anteriores com a atenção necessária. Hoje meu Media Player está enjoando de tocar Balaclava, Teddy Picker, Fake Tales of San Francisco e especialmente Crying Lightning.

Humbug é realmente um grande álbum, um amadurecimento sem o menor traço de caretice, um cruzamento dos próprios Monkeys com o lado mais psicodélico e menos pesado do Queens Of The Stone Age, não é a toa que Josh Homme (cabeça do QOTSA e coprodutor do álbum) declarou que não queria ser conhecido como o cara que deixou o AM pesado. Realmente, o peso é o característico deles, a novidade é todo o clima psicodélico.

A briga pelo melhor álbum de 2009 vai ser boa, não com muitos concorrentes , mas com poucos de peso, já fico pensando no embate entre Arctic Monkeys e Franz Ferdinand, boa disputa.


segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Spike Jonze e Arcade Fire. Trailer novo, música foda

"Onde Vivem os Monstros"

Sinceramente não sei o que esperar, mas gostei do trailer, especialmente por causa da música do Arcade Fire. Chega no Brasil em 1 de janeiro.



terça-feira, 28 de julho de 2009

Veja (e jogue) o novo clipe dos Ecos Falsos - o Guitar Hero custo zero!

Fonte: UOL - blog Ecos Falsos/MTV
28/07/09 - 14h17

Jogue e mande para todos os seus amigos, hehe

Pois bem meus queridos, conforme prometido, estreamos hoje o (modéstia às favas) revolucionário CLIPE INTERATIVO DE "SPAM DO AMOR"! Tudo bem que você deve ouvir a palavra "revolucionário" ligada a alguma coisa de banda umas 14 vezes por dia, mas esse é, pelo menos até onde a gente sabe, bem diferente dos demais.

Funciona assim: nós separamos o áudio da música em oito faixas diferentes, uma em cada vídeo. Para conseguir tocar a música, você precisa seguir as indicações do vídeo do meio, tipo no Guitar Hero. Parece difícil no começo, mas na terceira tentativa você já pega a manha, e quando rola fica muito legal!

O ideal é deixar todos os vídeos carregando um tempinho antes de começar. Pode demorar um pouco dependendo da sua conexão, mas vale a pena! Para quem achar muita moleza, criamos o HARD MODE também, onde você não só tem que soltar os vídeos em sincronia, mas precisa PARAR os instrumentos quando eles não estiverem tocando. Eu mesmo, que gravei parte da música, acho difícil pra cacete, hahah

Então acessa aqui ó: http://www.ecosfalsos.com.br/spamdoamor/. Como a gente é muito legal, liberamos junto com o clipe o MP3 OFICIAL da música, só entrar lá e baixar!
Comentem aí o que acharam depois!por Gustavo Martins.

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Muito bacana a estratégia de divulgação. Entre no link e jogue, vale a pena, mas já aviso: é difícil pra caralho.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Weezer anuncia novo álbum de inéditas

Fonte: G1
22/07/09 - 17h53


(divulgação) Não, não é o Village People
O Weezer anunciou nesta semana, em seu site oficial, que o próximo disco de estúdio da banda está quase pronto.

O sucessor de "Weezer" - trabalho de 2008 também conhecido como "The red album" - ainda não tem título, mas deve ser lançado até o final do ano.

Além do sétimo disco de estúdio, o vocalista Rivers Cuomo e companhia preparam uma edição de luxo do disco "Pinkerton", de 1996.

Na última segunda-feira (20) foi lançado um álbum-tributo com repertório composto por covers do Weezer feitos a partir de videogames de 8-Bit, como o Game Boy.

A página do Weezer na internet dá conta ainda de uma outra novidade: a banda Sugar Ray deve incluir uma versão da canção "Love is the answer" em seu próximo trabalho, intitulado "Music for cougars".
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E agora? yellow album? brown album? veremos.
Bacana ter uma edição de luxo para o Pinkerton, acho um puta álbum, mas dizem que nem o River Cuomo gosta, então porque vai lançar de novo?

terça-feira, 21 de julho de 2009

Se essa música fosse minha 12# - Hard to Handle - Pitty

Já que falamos em Pitty...



Essa música, assim como tantas outras do Black Crowes, embala qualquer situação. A versão ficou bacana, o Martin poderia pintar nos vocais de alguma música do novo álbum da Pitty.

Obs: Só pra constar, a apresentação foi em um programa da.........da............da........... MTV, aeeeeeeeeee, rs.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Novas de Pitty, Pearl Jam e Thom Yorke

Pitty - Me Adora

O álbum "Chiaroscuro" tem lançamento previsto para 11 de agosto.



Pearl Jam - The Fixer

O álbum "Backspacer" tem lançamento previsto para 20 de setembro.



Thom Yorke - The Present Tense

Álbum??

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Show de Paul McCartney no Brasil têm novidades

13/07/2009 - Luciana Maria Sanches
Fonte: Omelete


(divulgação) "Let It Be, Let It Beeeee"

Os possíveis shows que Paul McCartney vai fazer no Brasil em abril de 2010 têm novidades.

De acordo com a revista Veja, que havia divulgado que o cantor visitaria Brasília e São Paulo, houve uma mudança de planos com a entrada da prefeitura do Rio de Janeiro nas negociações. Agora, um dos shows pode acontecer na Praia de Copacabana, tendo as mesmas dimensões da apresentação feita pelo Rolling Stones no lugar, em 2006.

O músico esteve no Brasil em 1990 e em 1993.

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Isso é que é dia mundial do rock não?

domingo, 12 de julho de 2009

Sim, Roberto Carlos é Rei

Depois de assistir o show do Roberto Carlos na Globo (infelizmente não inteiro, confesso) me lembrei de um texto recente do jornalista Pedro Alexandre Sanches, figura velha conhecida de quem acompanha o jornalismo musical brasileiro.

Considero o argumento perfeito para a relação do cidadão brasileiro com a controversa figura de Roberto. Leia, vale a pena. A propósito, o momento Roberto/Erasmo no show de sábado foi emocionante não? Ok, os clichês de sempre estavam lá, mas como o próprio PAS escreveu em seu blog, é muito raro ver o rei desconcertado de emoção daquele jeito.


Os 50 anos de carreira de Roberto Carlos

Pedro Alexandre Sanches, Jornalista, JB Online



(Alexandre Durão/G1) "Onde foi parar seu cabelo?"

RIO - Roberto Carlos é um índio. Você há de estranhar essa minha afirmação, mas, eu digo e repito, e não é só pelo fato de ele ter nascido em 19 de abril, Dia do Índio, três dias antes do aniversário do descobrimento do Brasil. Nem tive tempo (ou presença de espírito) para colocar isso literalmente no papel em meu livro Como dois e dois são cinco – Roberto Carlos (& Erasmo & Wanderléa), mas foi nessa época, de tanto olhar a clássica imagem de seu rosto tristíssimo na capa do LP de 1972, que comecei vagarosamente a me dar conta de que Roberto Carlos era – e é – um índio.

Não estou tentando dizer que ele seja um tupi, um guarani, um bororó ou um botocudo. Quando o defino como “índio”, quero dizer (e isso consegui escrever no livro, ufa) que RC é o brasileiro por excelência, o brasileiro original e essencial. Tem a expressão triste e massacrada, a docilidade submissa e (novamente) massacrada de todo brasileiro médio, seja índio, negro ou branco. E por isso tanta gente gosta tanto dele. Porque se identifica. E por isso mesmo tanta gente detesta tanto os caracóis vira-latas dos cabelos dele. Porque se identifica.

Ainda aqui você me estranhará. Brasileiríssimo, um cara que quis copiar o matuto Elvis Presley? Um sujeito que trouxe para cá, acaipirado, o yeah yeah yeah dos quatro manés de Liverpool? Pois é, mas o que haveria de novo (ou de velho) nisso? Carmen Miranda não foi interpretar latinas subalternas em Hollywood? Mano Brown não preferia o cego Stevie Wonder ao assum preto Roberto Carlos? Tecneiros de rave e roqueiros "indie" paulistanos não desprezam Chico Science enquanto se juram nascidos na Grã-Bretanha?

Em outros termos, a rejeição à própria origem não é (ou foi) um de nossos trágicos traços distintivos nestes 50 anos de reinado do capixaba do Itapemirim (percebe os nomes indígenas?), tempos de ditadura e tal e coisa?

Minha hipótese é de que, sim, e não é por outra razão, que RC passou tanto tempo disfarçando brasilidades atrás de iê-iê-iês, baladas à Tony Bennett, hinos gospel. E conquistou fãs suburbanos sulistas com os primeiros, românticos interioranos nortistas e nordestinos com os segundos, católicos e evangélicos e candomblezeiros com os terceiros. Enquanto isso, em Gotham City, uns e outros ficaram disfarçando não gostar de seus boleros e assoviando só no chuveiro seus temas de motel, tal qual Waldick Soriano dizia acontecer com socialites que volta e meia apareciam em seus shows. De repente, estava todo mundo gostando de RC, os que admitiam e os que nem às paredes confessavam. De repente, estava todo mundo gostando de si mesmo, sem nem perceber.

Nesse balanço, RC dominou corpos, corações e mercados, ao sabor de cantos indígenas como Quero que vá tudo pro inferno, As curvas da estrada de Santos, Amada amante, Além do horizonte, Amigo, As baleias, Caminhoneiro, Amazônia... Isso sem falar dos sinais de fumaça emitidos por seu parceiro sioux, ou apache, ou nhambiquara, o extraordinário Erasmo Carlos.

Tento afirmar que RC é um mar de rosas? Não, claro que não. Ele também é acomodado, inerte, moralista, mimado, autoritário, censor. Nada disso é legal, mas como condená-lo à forca ou ao degredo, se nós também somos tudo isso? Afinal, Roberto Carlos é eu e você. E nós somos o índio Roberto Carlos.


Pedro Alexandre Sanches é repórter da revista Carta capital e escreveu o livro Como dois e dois são cinco – Roberto Carlos (& Erasmo & Wanderléa) (Boitempo, 2004)

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Little Joy volta ao Brasil para shows no Rio de Janeiro e São Paulo em agosto

08/07/2009 - 11h36
Fonte: UOL

(divulgação) Binki: "Não, eu não vou deixar a barba"

O Little Joy volta ao Brasil para dois shows em agosto. A banda se apresenta no Rio de Janeiro, na Fundição Progresso, no dia 14, e em São Paulo, no Via Funchal, no dia 15. Ainda não foram divulgados os preços e a data de início de venda dos ingressos.

O grupo formado por Fabrizio Moretti (guitarra/vocais), Rodrigo Amarante (vocais/guitarra/teclados) e Binki Shapiro (vocais/teclados) conta ainda com os músicos Todd Dahlhoff (baixo), Matt Borg (guitarra) e Matt Romano (bateria) na formação.

Essa será a segunda turnê do Little Joy no país. No começo deste ano, o grupo fez nove shows com ingressos esgotados para mostrar as músicas de seu disco de estreia, "Little Joy", lançado no ano passado.

A banda de abertura dos shows será The Dead Trees, a mesma da última turnê européia e norte-americana, que tem o baixista do Little Joy Todd Dahlhoff em sua formação.

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Certamente casa cheia mais uma vez. Duvida? Então dá uma olhada no vídeo abaixo.



Preciso dizer mais alguma coisa?

terça-feira, 7 de julho de 2009

Se essa música fosse minha 11# - Todos cantam Michael Jackson

De emocore à new metal, de grunge à mpb. Uma última homenagem à Michael Jackson.


Chris Cornell - Billie Jean



Fall Out Boy - Beat It



Alien Ant Farm - Smooth Criminal



McFly - Black Or White



U2 - Angel Of Harlen/Man In The Mirror/Don't Stop 'Til You Get Enough (Barcelona, 30/06/2009)



Caetano Veloso - Billie Jean




Agora sentido inverso, Michael Jackson cantando I Was Made To Love Her, de Stevie Wonder

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Novo disco de Pitty sai em agosto com título escolhido pelos fãs

06/07/2009 - 17h04
Fonte: Uol


(Otávio Souza/Divulgação) "roooooooooooooooock"

O terceiro disco de estúdio de Pitty já tem data para sair: 11 de agosto. O título do álbum --que deve ser "Siga O Coelho Branco", segundo uma imagem divulgada pela cantora-- e o dia do lançamento foram anunciados nesta segunda-feira (6) através de seu Twitter.

O título do CD foi escolhido com ajuda dos fãs, que votaram por celular e escolheram o que mais gostaram entre outras duas opções: "Chiaroscuro" e "Entre o Preto e o Branco". O sucessor de "Admirável Chip Novo" (2003) e "Anacrônico" (2005) será lançado em formato CD, MP3 e vinil.

"Siga O Coelho Branco" tem produção de Rafael Ramos e foi masterizado em Los Angeles pelo engenheiro Brian Gardner, que já trabalhou com artistas como David Bowie, Foo Fighters e Prince. A primeira música de trabalho, "Me Adora", já teve seu clipe filmado e será lançada no dia 14 de julho.

Pitty e banda gravaram o disco no estúdio Cabo da Goiabeira, montado na casa do baterista e ex-namorado Duda Machado. Segundo a cantora, a pesquisa que fez a respeito dos arranjos vocais da Motown, Stax, Ronettes e Beach Boys influenciaram na hora de gravar os backing vocals.

A cantora assina a autoria de todas as músicas, além de uma parceria com Fabio Magalhães, da banda Cascadura, na faixa "Sob o Sol", com letra que traz impressões particulares dos dois músicos baianos sobre Salvador.
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Bom, algumas considerações:

1) "Siga o coelho branco"? que porra é essa? Alice no país das maravilhas?

2) É, em vista das outras opções até que esse título tá legal.

3) Clipe já gravado? quantos prêmios será que vai ganhar no VMB?

4) Não sei se essa pesquisa vocal da Pitty me anima ou me assusta.

5) Opa, parceria com Fábio Cascadura, bacana.

domingo, 28 de junho de 2009

Bye Bye Michael. Rest in Peace


Michael Jackson (1958 - 2009)

Outro fenômeno pop como esse, só daqui a uns 700 anos. Foi a primeira coisa que me ocorreu ao ver o tamanho da cobertura dos veículos de comunicação e a comoção geral com a morte de Michael Jackson.

É obvio que a maioria dos que o crucificavam vai dizer que era fã do cara, o mesmo anteriormente rotulado como “pedófilo bizarro”, afinal é pop, ou cool, ou hype, ou simplesmente “tá na moda” lamentar a morte de Jackson.

A cobertura midiática já está e vai continuar ao longo da próxima semana daquele jeito que já conhecemos. Esqueça das novidades sobre a gripe suína ou sobre a queda do diploma de jornalismo, Michael está fazendo moonwalk sobre os diplomas e os porcos.

Vão chover, ou melhor, já estão chovendo programas especiais, biografias, documentários, matérias especiais com pessoas que acompanharam a gravação do clipe de They Don’t Care About Us dizendo como o cantor era amável, Glória Maria dando depoimento de quando entrevistou o artista e coisas desse tipo. Ah, não poderia me esquecer das entrevistas com fãs fanáticos de Jackson e muitos, mas muitos imitadores fazendo passinhos e tudo mais, a maioria com aquele visual do chapeuzinho e a franja sobre um olho. Algumas informações acabam sendo interessantes, outras totalmente descartáveis.

Sim, fiquei chocado, para não dizer triste com a notícia da morte de Michael Jackson. Isso não quer dizer que não dei risada de várias piadinhas de mau gosto que já estão circulando por aí, destaque para o Rafinha Bastos: “Anjinhos: Ponham uma roupa... AGORA!!!”, hehe.

Sobre os problemas pessoais do rei do pop, creio que a questão das plásticas e do “branqueamento” não nos cabe qualquer tipo de julgamento, cada um faz o que bem entende com seu corpo. Quanto às acusações de pedofilia, sabemos que no primeiro processo houve um acordo e no segundo Michael foi inocentado por falta de provas. Justo? Não sei. Mas prefiro acreditar na decisão da justiça americana do que em “achologismos” de algum brasileiro cheio de preconceitos e pré-julgamentos do outro lado do continente. E outra, Michael Jackson não era meu amigo, admiro muito sua carreira, agora, se ele era uma boa pessoa ou se abusava de crianças não cabe a mim dizer.

Fica a lembrança de um excêntrico e talentosíssimo artista. Suas músicas e seus passos serão eternizados, assim como sua vida perturbada, mas daqui a alguns anos espero, muito, que lembrem de Michael Jackson como o cara que deu ao mundo Thriller, Beat It, Billie Jean e tantas outras pérolas que entraram rodopiando elegantemente no imaginário pop mundial.

Bye Bye Michael. Rest in Peace.


Obs: Agora o Justin Timberlake vai ter que se pintar de preto e alargar o nariz.


Beat It (live in Japan, 1987)




Give In To Me (parceria com o Slash. música muito boa e pouco lembrada)




Jackson 5 - I Want You Back

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Michael Jackson - RIP

É real. O rei do pop deixou esse mundo. Confira nos portais brasileiros: G1, UOL, IG e TERRA.

Jornal e TVs dizem que Michael Jackson morreu, mas não há confirmação oficial

25/06/09 - 19h28 - Atualizado em 25/06/09 - 20h06
Fonte: G1, com agências internacionais



(...)

De acordo com o jornal "Los Angeles Times" e a rede de TV Fox News, o cantor Michael Jackson teria morrido nesta quinta-feira depois de ser levado às pressas para o hospital UCLA Medical Center. O site de celebridades TMZ e a agência de notícias Associated Press também deram a informação citando fontes próximas ao cantor.

Ainda não há confirmação oficial.

De acordo com a rede de TV CNN, Randy Jackson, irmão do cantor, afirmou que ele sofreu "um colapso em sua casa". Familiares do músico foram chamados ao hospital.

De acordo com nota publicada no site do "LA Times", o oficial Steve Ruda disse que Jackson não estava respirando quando os paramédicos chegaram à sua casa. Eles realizaram reanimação cardiopulmonar no local antes de conduzir Jackson para o hospital.

Procurado pelo site especializado em celebridades "E! Online", o pai do astro, Joe Jackson, disse que ele teve uma parada cardíaca. "Ele não está bem", afirmou. "A mãe dele está indo para o hospital neste momento para vê-lo. Não tenho certeza do que aconteceu. Estou esperando uma resposta deles."

O porta-voz do corpo de bombeiros de Los Angeles, Devin Gales, não confirmou a identidade de Jackson, mas disse que os paramédicos atenderam a um chamado feito no endereço do cantor às 12h21 locais.

Procurado pela AFP, o agente do cantor, Tohme E. Tohme, não foi encontrado para comentar a internação.

Tentativa de retorno

Michael Jackson, que completou 50 anos em 2008, anunciou em maio o adiamento de alguns dos shows de uma extensa temporada que ele faria em Londres neste ano.

A noite de abertura na O2 Arena, marcada inicialmente para o dia 8 de julho, foi remarcada para o dia 13 do mesmo mês, segundo os produtores. Além disso, algumas apresentações foram transferidas para 2010.

O adiamento das datas aumentou as especulações de que Jackson estaria sofrendo de problemas de saúde.
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Posto novidades logo mais.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Se essa música fosse minha 10# - A Little Respect - Fresno

Demorou para os emos descobrirem o potencial melodramático do tecnopop. A choradeira come solta.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

MySpace Brasil fecha as portas

Fonte: Portal Exame - Blog Zero e Uns - Sérgio Teixeira Jr
22/06/2009 - 19:53



O MySpace Brasil vai fechar as portas a partir de 1º de julho. Na realidade, se depender do humor da equipe daqui, já a partir de amanhã todos os funcionários vão querer esquecer a empresa.

A notícia chegou hoje no final da tarde à sede do MySpace Brasil, no bairro da Vila Olímpia, em São Paulo. Nem sequer o diretor da operação brasileira, Emerson Calegaretti, sabia da movimentação.

Segundo o relato que ouvi, Calegaretti primeiro foi surpreendido pela demissão do seu chefe, Victor Kong, o responsável pela América Latina. Algum tempo depois, soube que o escritório brasileiro também seria fechado.

Seus superiores enviaram um arquivo em Power Point que deveria ser exibido aos funcionários. Segundo os relatos que ouvimos, Calegaretti se recusou a fazê-lo. (Estamos tentando contato com ele, mas até agora não conseguimos.)

Calegaretti reuniu os funcionários e contou a novidade. "Fomos pegos de calças curtas", disse um dos demitidos. "É possível que um ou outro fique na Fox (empresa dona do MySpace) para manter o site em português, mas agora ninguém sabe de nada."

Embora a crise do MySpace não fosse novidade para ninguém, havia a expectativa de que a operação brasileira sobrevivesse. Há dez dias, num almoço que eu e a Camila Fusco tivemos com Calegaretti, ele confirmou que o MySpace Brasil dava lucro e era responsável pelo oitavo maior faturamento da empresa, entre os 30 escritórios mundiais da empresa.

Além do Brasil, México e Argentina também terão seus escritórios fechados.
Nenhuma palavra sobre o que será do acordo anunciado na quarta-feira passada com o iG, depois de longos meses de negociação. Nada, também, sobre outras parcerias que o site tinha com empresas de mídia e anunciantes.

Calegaretti havia comentado que tinha viagem marcada aos Estados Unidos, para conhecer o novo CEO da empresa, Owen Van Natta. "A passagem estava até comprada", disse nosso informante.

Pelo jeito, não vai acontecer. Antes que pudéssemos confirmar a informação, a assessoria de imprensa do MySpace Brasil nos disse que deve haver um comunicado sobre a empresa amanhã. Continuaremos tentando um contato com Calegaretti para obter mais detalhes.


Atualização: Notei que muitas pessoas andam comentando no Twitter que o MySpace vai desaparecer aqui. Não é isso. Embora ainda não tenha confirmação nenhuma, suponho que as páginas pessoais (e de bandas) que já existem continuarão no ar, e novas poderão ser criadas.
O que vai deixar de existir é a representação comercial do MySpace por aqui, além de toda a geração de conteúdo local.

Antes de o MySpace abrir um escritório brasileiro, muita gente já tinha um perfil no site. O Facebook não tem nenhum representante aqui, mas um monte de gente tem seu perfil lá. Idem para o Twitter.


De qualquer modo, essa é certamente uma das perguntas que faremos assim que conseguirmos contato com o pessoal do MySpace.
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Triste não? algo como um retrocesso. De qualquer forma, entretanto, se realmente as coisas acontecerem como a notícia diz, a plataforma continuará disponível, e com isso, se a movimentação brasileira no site aumentar, os dirigentes deverão repensar as atitudes em relação a Brasil.

domingo, 14 de junho de 2009

Notícia do Dia 16#

Faith No More volta aos palcos depois de 11 anos ausente

Fonte: Uol
12/06/2009 - 18h12


Revival anos 90? que seja...
Depois de 11 anos distante dos palcos, o Faith no More voltou essa semana a fazer shows. O primeiro foi na última quarta-feira (10) no Brixton Academy, em Londres, no mesmo local onde foi registado o disco ao vivo "You Fat Bastards: Live at the Brixton Academy", há 19 anos.

O retorno, que inicia a turnê da banda pela Europa, foi marcado por uma apresentação com 24 músicas, entre elas "The Real Thing", "Last Cup of Sorrow", "Midlife Crisis", "Easy" e "Epic". A abertura do espetáculo veio com uma versão para "Reunited", do Peaches & Herb.

A banda voltou com Mike Patton no vocal, Billy Gould no baixo, Jon Hudson na guitarra (que substituiu Jim Martin), Mike "Puffy" Bordin na bateria e Roddy Bottum nos teclados. Nesta sexta-feira (12), o Faith no More se apresenta no Download Festival (o evento é transmitido pelo site oficial), em Donington Park, no Reino Unido, e emenda a agenda de junho em uma série de festivais europeus.

Neste mês, a banda lançou uma coletânea com seus grandes sucessos. O disco duplo "The Very Best Definitive Ultimate Greatest Hits Collection" veio também com bônus de raridades.

Formado no começo dos anos de 1980, em São Francisco, o Faith no More estourou no final da década com o disco "The Real Thing" (1989), o primeiro com Mike Patton no vocal. O cantor substituiu Chuck Mosley, que gravou os dois primeiros álbuns da banda.

Veja o que o Faith No More tocou em seu show de retorno:

"Reunited" (Peach & Herb)
"The Real Thing"
"From Out Of Nowhere"
"Land Of Sunshine"
"Caffeine"
"Evidence"
"Chinese Arithmetic"
"Surprise! You're Dead!"
"Easy"
"Last Cup Of Sorrow"
"Midlife Crisis"
"Cuckoo For Caca"
"The Gentle Art Of Making Enemies"
"RV"
"King For A Day"
"Malpractice"
"Jizzlobber"
"Be Aggressive"
"Epic"
"Mark Bowen"
"Chariots Of Fire/Stripsearch"
"Just A Man"
"I Started A Joke"
"Pristina"

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Precisa falar alguma coisa? é só esperar para ver se realmente eles vêm para o Brasil.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Se essa música fosse minha 9#

Fluorescent Adolescent - Kate Nash



Enquanto o aguardado terceiro álbum do Artic Monkeys não chega, segue essa versão da Kate Nash. Dá uma chance pra ela vai...

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Notícia do Dia 15#

Pete Doherty é preso por uso de drogas na Suíça

Fonte: Portal G1, com agências internacionais
08/06/09 - 11h53


"They tried to make me go to rehab, but I said 'no, no, no'"

O cantor inglês Pete Doherty foi preso na Suíça por uso de drogas na noite desta sexta-feira (5). A polícia de Genebra confirmou a prisão, que ocorreu logo após a aterrissagem do voo em que o cantor estava presente.

O vocalista do Babyshambles foi libertado depois de pagar uma multa – ele teria injetado heroína no banheiro do avião em que viajava procedente de Londres, segundo o jornal suíço "Le Matin".

A tripulação da British Airways entrou em contato com a polícia depois de encontrar o músico desmaiado no banheiro do avião com uma seringa usada, completa o jornal.

Doherty ficou preso durante 29 dias em abril na Inglaterra após ser condenado por uso de substâncias ilícitas, após violar alguns termos de sua condicional.

Desde que foi libertado, o cantor de 30 anos não teve problemas com a polícia – ele chegou a fazer uma série de shows no Royal Albert Hall em Londres. Doherty lançou um álbum solo, “Grace/ Wastelands” no início do ano, e se apresentou no festival Neuchatel na Suíça neste fim de semana.
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Vai começar tudo de novo...

Música da Semana 6#

Para Fazer Sucesso - Romulo Fróes

Essa música é do álbum No Chão Sem o Chão, desde já, tido como um dos melhores de 2009. Tem o dom de agradar indies, fãs de MPB e de rock psicodélico.



Para fazer sucesso faça uma greve de fome
Para saber meu preço, olha como o bicho dorme
Para espalhar meu nome a água como a nuvem chove
E por saber de cor a cor do dia a gente foge
Para tocar no rádio, estádio e a praça a gente vai (?)
Manchete de jornal por sala, a grana, o fruto cai (?)
A luz da foto vem do sol e o sol também é foto
TV você me vê ao vivo entrevistando um morto

Eu sou um resto que eu detesto de um projeto cultural
Imobiliário, financeiro, otário quase oficial

Queimo a casa onde eu nasci
Queimo a cinza dessa casa
Queima, queima, queima, para de contar migalha, para de cantar
Põe as coisas no lugar,Guarda o fogo na fogueira
porque o fogo é o teu lugar.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Notícia do Dia 14#

Cantora Beth Ditto quer formar ‘supergrupo’ gospel com Susan Boyle

Fonte: G1
04/06/09 - 18h53


Conto de fadas: A fera e a fera
Beth Ditto, cantora da banda indie The Gossip eleita a mais cool de 2006 pelo semanário musical inglês “NME”, diz que vai convidar Susan Boyle para formar um “supergrupo” gospel.

A escocesa de 48 anos foi internada no último domingo (31) após ter sido derrotada na final do programa “Britain's Got Talent”. Ela ganhou fama mundial ao se apresentar pela primeira vez em abril, e em seguida ter sido vista por milhões de pessoas no site YouTube.

Beth Ditto disse que quer Boyle – que continua recebendo tratamento na clínica The Priory, em Londres, por esgotamento físico e mental – cantando com ela e a banda católica The Priests. “Susan devia juntar-se a mim. Nós seríamos o primeiro supergrupo gospel do mundo”, disse a cantora.

A líder do Gossip reforçou sua reprovação à maneira que os tabloides britânicos vêm tratando a caloura. “Acho horrível que tirem sarro de alguém que só quer cantar e amar Jesus. Só eu posso ajudá-la a sair dessa confusão.”
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Isso é sério (?!)

terça-feira, 2 de junho de 2009

Se essa música fosse minha 8#

Amigo - Ataque 77




Só para esquecer aquela coleção de versões caretas e covardes do especial de domingo na globo. O rei merecia coisa melhor. Então, nada como Robertão em versão punk rock. Hey Ho, Let's Go Broto!

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Notícia do Dia 13#

"Saímos do nosso período dark", diz baixista do Placebo sobre novo disco

JB Online
30/05/2009 - 08h00


"We´re happy family"
"Battle For The Sun", sexto CD do Placebo, traz a banda londrina em nova formação (é o primeiro disco com o baterista americano Steve Forrest). O bafafá em torno do álbum, contudo, se escora mais no otimismo claramente impregnado em canções como "For What It's Worth" e "Speak In Tongues". A característica pouco combina com o trio que amealha fãs de glam rock com visual e letras darks desde 1996.

"Estamos mais positivos ao pensar no futuro e isso aparece nas letras e nas músicas", explica o baixista Stephan Olsdal, em entrevista por telefone ao Jornal do Brasil, de Estocolmo, na Suécia, sua terra natal. "Saímos do nosso período dark. O disco anterior tinha muita dor e queríamos fugir disso. Trazer algo colorido, mais ousado. É como se fosse um renascimento".

Ao lado do vocalista e guitarrista belga Brian Molko, seu amigo de infância, Olsdal decidiu dar outros rumos ao Placebo. Para ele, ao escutar o disco é fácil perceber que decidiram "viver melhor a vida". O fim do contrato com a Virgin Records e a não renovação com a gravadora reforça o discurso sobre mudanças. "Battle For The Sun" sai de forma independente, com distribuição da EMI.

"Era melhor para nós não assinar com uma major", assegura o baixista. "Independentes temos mais espaço, somos os donos das nossas próprias músicas. E também pudemos selecionar melhor com quem trabalharíamos. Hoje, escolhemos todos os profissionais que nos cercam com mais cuidado".

Foi assim com o novo membro do Placebo, o baterista californiano Steve Forrest. Em 2007, Steve Hewitt saiu da banda. Depois de segurar as baquetas do Placebo por 11 anos, deu lugar ao xará. O contato com Forrest veio por meio das turnês: a banda anterior do americano, Evaline, abriu shows do Placebo. Nem mesmo a diferença de idade foi um empecilho. O integrante recém-chegado tem apenas 22 anos, sendo que Molko já chegou aos 36 e Olsdal aos 35.

"Tínhamos que pensar que seria alguém com quem passaríamos muito tempo. A afinidade tinha que ser musical e pessoal", justifica a escolha. "Algo muda, porque eles são pessoas bem diferentes. Steve tem ótimas ideias, não tentou copiar o estilo dos anteriores. E o garoto tem só 22! Ele está bastante empolgado. Você vê que ele quer que dê certo, como se fosse a chance da vida dele".

Como é de praxe na carreira do Placebo, eles não repetem produtores. Cada álbum da discografia representa uma nova parceria com um profissional do ramo. Mas por qual motivo vivem trocando de produtor? "Até agora, em cada novo disco queríamos fazer algo que fosse uma reação ao anterior. Nunca foi uma opção repetir, ainda mais nessa parte da nossa carreira. Não sei como será nos próximos discos", responde.

Lançado em 2006, "Meds" é descrito por membros da banda e seus fãs como um dos discos mais sombrios: cheio de sofrimento e claustrofobia por todas as faixas. Em entrevista recente, Brian Molko definiu o CD como "pegar um microscópio e examinar a dor de alguém por meio dele".

Para o vocalista, a alegria impressa nas novas canções faz com que o Placebo se torne até mesmo mais acessível. Desta vez, Molko e companhia recrutam David Bottrill. A lista de trabalhos pregressos do produtor inclui discos com os britânicos do Muse, os australianos do Silverchair e, principalmente, com o cantor inglês Peter Gabriel.

"É ótimo saber que ele produziu bandas pesadas como o Tool e artistas pop como o Peter Gabriel. Soava interessante", conta. "Parecia o passo certo. David Bottrill é muito sofisticado. Olhando para trás foi uma ótima decisão. Ele é bom nas relações com as pessoas e foi importante na parte dos arranjos.

O baixista revela que Bottrill pinçava partes de cada uma das músicas e as juntava de novo. Processo que impressionou o trio. "Ele nos fez sentir que mesmo que o trabalho não fosse para o disco, seria importante para nosso crescimento como banda. David é como um técnico de futebol", compara o músico.

Por mais que anunciem tantas mudanças, o procedimento de retrabalhar canções de outros artistas continua na agenda do grupo. Depois de criarem versões para músicas de T. Rex ("20th Century Boy"), Pixies ("Where's My Mind") e The Smiths ("Bigmouth Strikes Again"), registram "Wouldn't It Be Good", do cantor britânico Nik Kershaw.

"As canções precisam significar algo para nós. Elas têm que fazer parte da nossa história. Crescemos com todas as músicas de outros artistas que regravamos. E são canções pop com letras obscuras", explica o baixista.

Por enquanto mais envolvida em aparições nas TVs e rádios do que em festivais, a banda viaja pela Europa, continente onde mantém seu maior séquito de admiradores. Para agradar seus fãs do Velho Continente, já gravaram "Protège Moi", cantada em francês por Molko, que é fluente no idioma.

Assim que abandonarem o giro promocional, começam a excursionar. O Brasil pode, mais um vez, ser inserido na turnê mundial. Em 2005, eles foram a atração principal da primeira etapa do festival Claro Q É Rock. A banda percorreu nada menos do que oito cidades (Recife, Salvador, Porto Alegre, Florianópolis, Brasília, Campinas, São Paulo e Rio), com cinco bandas independentes abrindo as noites. “Quando a turnê acabou, fui ser DJ em festas pelo Rio", recorda o baixista. "Foi incrível, passamos muito tempo vagando por aí. Vimos um pouco do país e notamos algumas das diferenças culturais que vão do Norte ao Sul".
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É, lendo as declarações do Brian Molko parece até que o novo álbum do Placebo soa como o Scissor Sisters, pelo pouco que ouvi não é bem isso não, mas parece ser diferente da repetição em que eles vinham batendo.

Podcast Programa de Indie 19#

Programa exibido dia 01/06/2009 pela webrádio Iradio.

Produção e apresentação: Eduardo Martinez
Técnica e direção: Clemerson Mendes

Playlist da edição 19#

Race For The Prize – The Flaming Lips
Manhattan - Kings of Leon
Anti-Orgasm - Sonic Youth
Speak In Tongues - Placebo
For What Is Worth - Placebo
Leaky Lifeboat - Sonic Youth

Música da Semana 5#

If You Ever Go To Houston - Bob Dylan

Já vou avisando, é cafona, mas não deixa de ser muito boa. Imagino o Dylan como animador de quermesse cantando essa música. Surreal? nem tanto vai...



if you ever go to houston better walk right
keep your hands in your pockets and your gun-belts tied
if you're asking for drama, if you're looking for a fight
if you ever go to houston, boy you better walk right

if you're ever down there on bagby and lamar
you better watch out for the man with the shining star
better know where you're going or stay where you are
if you're ever down there on bagby and lamar

well i know these streets i've been here before
i nearly got killed here during the mexican war
something always keeps me coming back for more
i know these streets i've been here before

if you ever go to dallas, say hello to mary-ann
say i'm still looking along the trigger, hanging on the best i can
if you see her sister lucy, say i'm sorry i'm not there
tell her other sister nancy to pray the sinner's prayer

i gotta rest this fever bury it in my brain
better keep right forward, can't spoil the game
the same way i'll leave here will be the way that i came
gotta rest this fever bury it in my brain

mr. policeman, can you help me find my gal
last time i saw her was at the magnolia motel
if you help me find her, you can be my pal
mr. policeman, can you help me find my gal

if you ever go to austin, fort worth or san anton'
find the barrooms i got lost in and send my memories home
put my tears in a bottle screw the top on tight
if you ever go to houston, buddy you'd better walk right

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Podcast Programa de Indie 18#

Programa exibido dia 27/05/2009 pela webrádio Iradio.

Produção e apresentação: Eduardo Martinez
Técnica e direção: Clemerson Mendes

Playlist da edição 18#

If Only – Queens Of The Stone Age
Your Love Alone Is Not Enough - Manic Street Preachers (part. Cardigans)
Same Jeans - The View
O Tempo - Móveis Coloniais de Acajú
Heart Songs - Weezer
Mais Do Que Isso - Superguidis
Aonde Quer Chegar - Moptop
Maps - Yeah Yeah Yeahs

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Vamos Compartilhar

Fico tomado por euforia quando faço descobertas interessantes, tardias ou não. Novos sons, livros, revistas, filmes, sites, blogs. Tudo isso me tráz uma vontade doida de ir mostrando essas novidades para todo mundo. É quase um compulsão, algo como querer parar um desconhecido na rua e ler um trecho interessante de um livro para a pessoa, ou colocar o fone de ouvido no felizardo e mostrar uma música bacana.

Na adolescência tudo isso, confesso, às vezes tinha outros ares. Aquele orgulho de moleque em dizer "Olha o que eu descobri". Ok, até hoje isso faz nosso orgulho saltitar, mas nada tão latente como no confuso período da puberdade, ou pelo menos agora sabemos disfarçar melhor. Realmente, entretanto, sabemos agir de forma mais sensata e menos egoísta hoje, propagando inclusive descobertas tardias e que puderiam até gerar constrangimento.

Nas últimas semanas tenho sido privilegiado com ótimas descobertas, que faço questão de listá-las e compatilhá-las com os leitores desse blog. Obviamente algo pode não ser novidade pra quem está lendo, mas, de qualquer forma, tem seu valor e, pelo menos sob a minha ótica, merece destaque.

Começando pela banda que estou ouvindo agora: The Gutter Twins, uma super dupla composta por Mark Lanegan (ex-Screaming Trees e "participador" de diversos projetos e bandas, entre elas o Queens of The Stone Age) e Greg Dulli (ex-Afghan Whigs e atual Twilight Singers). Os dois, nomes de peso do rock alternativo dos anos 90, se juntaram em 2003, mas só em 2008 saiu o primeiro trabalho: Saturnalia.

Sombrio, bonito e empolgante. A dualidade é presente em tudo, algumas vezes bem definida, outras derrubando os limites e se fundindo elegantemente. Seja na discrepância das vozes, Lanegan obscurso de voz embargada e Dulli mais estridente mas ainda assim harmonioso, seja nos rocks vigorosos colocados lado a lado com viagens experimentais hipnóticas.

Eles desembarcam no Brasil em primeiro de julho para show único no Bourbon Street, em São Paulo. Confira o My Space dos caras.

Seguem dois vídeo da dupla, ambos do Jools Holland.


Idle Hands






God's Children




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Seguindo com o momento solidariedade. Uma das novidades mais singelas do cenário nacional: Marcelo Jeneci, ou só Jeneci. Confesso que não sei quase nada a respeito desse paulistano, mas sei que suas músicas, pelo menos as que ouví, me lembram o melhor da singeleza da jovem guarda. Algo inocente, mas riquíssimo em detalhes. Para ouvir repetidas vezes e lembrar que na música ainda existem corações batendo.

Confira "Dar te ei" e "Longe" no My Space dele. Tente ouvir apenas uma vez.


Marcelo Jeneci (foto: myspace)

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Enfim estou lendo Reações Psicóticas do Lester Bangs, cortesia do meu amigão (zuera, piada interna, hehe) Diego Assunção, que comprou o livro e me emprestou. Em vez de falar algo prematuramente, prefiro deixar uma breve reflexão que Bangs faz no texto sobre o Astral Weeks, do Van Morrisson. Só para contextualizar um pouco, o jornalista falava de T.B Sheets (onde Morrisson relatava o fato da garota que amava ter morrido de tuberculose) para chegar em duas canções de Astral Weeks.


Porque a dor de assistir uma pessoa querida morrer de qualquer doença horrorosa pode ser insuportável, mas pelo menos é algo sabido, de certa maneira entendido, de certa maneira mensurável e que até mesmo leva a algum outro lugar, porque existe um processo: moléstia, deterioração, morte, luto, alguma recuperação emocional.

Mas o lindo horror de "Madame George" e "Cyprus Avenue" é precisamente que as pessoas nessas músicas não estão morrendo: estamos vendo a vida em seu primor, e essas pessoas não estão sofrendo de doença, estão sofrendo da natureza - a não ser que a natureza seja uma doença.



Fodão não?


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Termino não exatamente com uma descoberta, pois assisto o vídeo há algum tempo e o revejo sempre, mas algo que gostaria de compartilhar. O gênio Jeff Buckley com" Mojo Pin" ao vivo. A voz desse cara era um negócio impressionante, a forma como ele saía de um grito rasgado e entrava em suave falsete era de uma beleza absurda.
Para assistir de joelhos repetidas vezes.