sábado, 31 de dezembro de 2011

Retrospectiva 2011 da Folha da Região - Música

Fui convidado pelo camarada Márcio Bracioli para comentar algumas coisas que marcaram o mundo da música em 2011. Obviamente faltou falar de muita coisa (mercado independente em geral, o caso Fora do Eixo...) e outras acabaram ficando de fora na edição final (Amy Winehouse, boom do rap nacional...), mas o bate papo com o próprio Márcio, Natalí Garcelan e Luiz Fernando foi bacana. Valeu Marcião!



sábado, 26 de novembro de 2011

A Banda Mais Bonita Da Cidade?



Se 6 meses atrás você esteve por um momento conectado a internet você sabe do que se trata A Banda Mais Bonita Da Cidade e o clipe de “Oração”. O vídeo, que nesse exato momento ultrapassa 8 milhões e 300 mil acessos, tornou em pouquíssimo tempo uma banda praticamente desconhecida em fenômeno da web. Mês passado, com a poeira devidamente baixada, o grupo curitibano lançou seu primeiro disco.

Demorei para ouvir. O impacto, em mim negativo, de “Oração”, me fez postergar a audição do trabalho. Como disse, o webhit não me agradou. Apesar do clipe ser muito bonito e bem produzido (meio chupado do Beirut, mas ok) a música é repetitiva a ponto de torrar a paciência e excessivamente “fofinha”, com toda aquela atmosfera neohippie, ou hipster, cheirando a leite com pêra.

No entanto, adoro ser surpreendido (quem não?), e fui com boa vontade (juro) ouvir o disco. “Mercadorama” abre o disco com um experimentalismo um pouco carregado, remetendo aos primeiros discos do Pato Fu. Já de cara podemos perceber que a produção é cuidadosa, tudo no seu devido lugar, o que nem sempre é bom.

“Aos Garotos De Aluguel”, do Poléxia, surge em boa versão, inferior a original, mas interessante. Por outro lado, vai ficando a impressão que muitos recursos são utilizados a todo momento: crescendos, instrumentos sumindo e voltando, mudanças de andamento... chega a parecer que é uma questão de auto-afirmação, como se fosse uma alternativa para “compensar” a fofura.

Contrariando a impressão anterior, “Boa Pessoa” é uma balada muito bonita levada no violão. Simples e com uma bela melodia. “A Balada Da Bailarina Torta” e “Oxigênio” são milimetricamente dissonantes e... tortas. A primeira flui bem, já a segunda pesa mais uma vez no excesso de informação.

“Ótima” é lenta e atormentada. Remete à métrica de músicas do Radiohead, como “Exit Music (For A Film)”. A lembrança da banda de Thom Yorke não é em vão, já que “Canção Pra Não Voltar” tem a introdução de “Let Down” dos ingleses. Não, não apenas parece, é exatamente o mesmo início da música do Radiohead. Aliás, o dedilhado é melhor que todo o resto da música dos curitibanos.

“Solitária” e “Nunca” são mais duas músicas arrastadas. Não empolgam. “Se eu Corro” é mais um exemplo de simplicidade que funciona. Boa parte da música é só com um violão, no final uma explosão para então encerrar, novamente, só com o violão.

A já citada, “Oração”, aparece com algumas mudanças, já que a versão que tornou a banda conhecida havia sido feita para o clipe, sonorizada durante a gravação. Sem o impacto visual a música perde um pouco de força, mas é interessante como ela soa bem melhor que antes quando comparada, em sua simplicidade, com algumas firulas presentes em outras canções do disco.

“Cantiga De Dar Tchau” encerra o disco. Com metade da música cantada sem acompanhamento, a bela voz de Uyara Torrente se destaca, mas a música é curta, realmente para dar tchau.  

No final, fica a impressão que A Banda Mais Bonita Da Cidade é um cruzamento, não tão bem sucedido, entre o experimentalismo agridoce do Pato Fu e a quarta-feira de cinzas que nunca termina do Los Hermanos. Tudo isso turbinado por uma melancolia torta muitas vezes descabida, quando no final das contas poderia ser simplesmente um disco bonito e sem vergonha de ser pop.


A boa resenha do disco publicada no Scream &Yell traz uma visão quase que totalmente oposta a minha, interessante ver os dois lados.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Pearl Jam ao vivo no Morumbi, São Paulo, 04/11/2011

foto: Karen Loria
Texto originalmente pulicado no Scream & Yell


Em dado momento do show do Pearl Jam na sexta-feira (04/11), em São Paulo, Eddie Vedder anuncia “I Gonna See My Friend”, música em que o vocalista berra a ponto de explodir. No meio da execução, em um verso de vocal intenso, Vedder desce uma oitava, cantando em tom grave. Os mais exigentes pensam de imediato: “Ele não é mais o mesmo”. No entanto, como que respondendo as dúvidas, o último refrão vem arrasador, com a voz dilacerando os ouvidos mais sensíveis. Pronto, as coisas estavam no lugar novamente, como de costume na carreira do Pearl Jam. Quando parece que tudo vai ruir, a banda surpreende e as coisas se encaminham mais uma vez.

Voltando no tempo, nos anos 90, quando o grunge se tornou um nicho de mercado, o Pearl Jam recusou “tomar o lugar” do Nirvana, após a morte de Kurt Cobain, entrando em reclusão comercial (nada de clipes e ações de marketing mirabolantes). Comprou briga com a empresa de distribuição de ingressos Ticketmaster, com quem não trabalhou de 1994 a 1998, dificultando significativamente as turnês. Quando percebeu a pirataria e o interesse dos fãs por bootlegs, o Pearl Jam teve a inusitada atitude de lançar 72 discos ao vivo entre 2000 e 2001.

Após o fundamental “Ten” (1991), “Vs.” (1993), que consolidou a sonoridade do grupo, “Vitalogy” (1994), “No Code” (1996) e “Yield” (1998), a banda entrou naquele período ingrato em que vê a necessidade de soar diferente, de “amadurecer”. Dessa fase vieram “Binaural” (2000) e “Riot Act” (2002), felizmente mais sombrios do que caretas. Em 2006, no entanto, quando era aguardado mais um álbum reflexivo, o Pearl Jam aparece com um disco homônimo, barulhento, vigoroso e remetendo ao início da carreira. O que se confirmou, e com ainda mais força, em 2009, com o ótimo “Backspacer”.

Cortando de volta ao show de São Paulo, antes da citada “Gonna See My Friend“, já haviam sido executadas sete músicas. O começo arrasa quarteirão foi com “Go”, que só havia sido tocada duas vezes na turnê atual, seguida de “Do The Evolution”, “Severed Hand”, “Hail Hail” e “Got Some”. Quando o show parecia um trem descarrilhado, surge uma bela pausa para respirar com “Elderly Woman Behind The Counter In A Small Town” e “Given To Fly”.

O show continua então com uma sequência que gradativamente vai trazendo o peso de volta: uma bela versão de “Wishlist”, com direito a um coro do público arrepiante no final, “Among The Waves”, “Setting Forth”, da carreira solo de Vedder, “Not For You” e, enfim, “Even Flow”. Com os ânimos exaltados, mais uma vez a banda dá meia volta e saca a balada “Unthought Known”, seguida das pedradas “The Fixer” e “Once”, e o fim do set normal foi com “Black”, que merece um capítulo a parte nessa história toda.

“Black” é a balada mais emblemática da carreira do Pearl Jam. Tocada, ainda hoje em dia, até pela banda do seu vizinho que tem como maior mérito se apresentar em festa de aniversário de amigos. É a música que aquela amiga, que não se importa muito, acha bonita (além de “Last Kiss”) e por isso diz que ama Pearl Jam, compra camiseta e tudo. “Se não tocarem nem vai fazer falta”, diz o fã orgulhoso de conhecer todos os b-sides possíveis da banda. No entanto, quando a execução de “Black” ia chegando ao fim, faltava camisa xadrez de flanela para enxugar as lágrimas dos grunge boys que cantarolavam o “tchururu” final como se não houvesse amanhã.

O Pearl Jam é uma banda que, mesmo com todo esforço em não se expor demasiadamente, alcançou um status curioso. Ao mesmo tempo em que é respeitada e idolatrada pelos órfãos do grunge, pode ser alinhada a bandas clássicas do rock mundial e ainda contar com grande apelo popular, a ponto de levar ao Estádio do Morumbi grande número de fãs de ocasião, que aguardaram a noite toda por “Black”, “Last Kiss” e se frustraram por não ouvir “Soldier Of Love”.

No primeiro bis, “Just Breath” e “Inside Job” introduzem calmamente a sequência encabeçada por “State Of Love And Trust”, a nova “Olé”, “Why Go” e “Jeremy”, que foi comemorada como um gol em final de campeonato, já que não havia sido tocada no show da noite anterior. O segundo bis começa, para a alegria de muitos, com a famigerada “Last Kiss”, em seguida uma versão longa e bonita de “Better Man”. “Spin The Black Circle” surge para colocar fogo no show novamente abrindo caminho para a clássica e sempre eficiente “Alive”, um cover tradicional do The Who, “Baba O’Riley” e o final redentor com “Yellow Ledbetter”, com os refletores do estádio acessos e o público em clima de celebração em família.

O Pearl Jam é uma daquelas bandas que gostam de desafiar a audiência. Quando pensam que o grupo vai dando sinais de fraqueza, lá está ele novamente surpreendendo. Que banda hoje em dia em cinco shows (a passagem pelo Brasil) toca 67 músicas diferentes? O tesão em tocar é nítido e talvez seja o ponto fundamental que garante a longevidade e o respeito que o grupo tem em diferentes nichos.

Kurt Cobain, contemporâneo de Eddie Vedder, viu na fama um monstro assustador e fez “Smells Like Teen Spirit”, o que só piorou as coisas. Vedder também sentia um desconforto e, ao invés de escrever sobre isso, escolheu a reclusão comercial, que de certa forma também não surtiu efeito. Não há como julgar essas escolhas como certas ou erradas. O que resta é que, felizmente, Eddie Vedder não seguiu o mesmo caminho do líder do Nirvana e pôde chegar aos 20 anos de Pearl Jam e continuar nos oferecendo momentos especiais… como este segundo show no Morumbi.


Leia no Scream & Yell sobre os outros shows do Pearl Jam no Brasil

domingo, 6 de novembro de 2011

Resumão Planeta Terra 2011

Foto: Reinaldo Marques/Terra


Criolo: contradições a parte, musicalmente foda e com o público na mão
Obs: após o show, a tietagem em cima do cara era absurda.

Nação Zumbi: o bom show de sempre. Banda empolgada e e repertório certeiro.
Obs: Lúcio Maia ensandecido.

White Lies: competente, mas frio.
Obs: vocalista feliz com a recepção do público foi bonito.

Broken Social Scene: Peguei no final, que foi bem bom.
Obs: não conheço quase nada da banda.

Interpol: frio, e só.
Obs: Paul Banks de barba estava parecendo o ator que fez o Thor no cinema, antes do anabolizante.

Goldfrapp: vi o final, me pareceu bem empolgante.
Obs: outra banda que não conheço quase nada.

Beady Eye: peguei algumas músicas só, nas animadas a coisa ia, nas lentas morria.
Obs: Bring The Light foi foda!

Bombay Bicycle Club: o show incrível que quase ninguém viu.
Obs: que banda boa de palco, todas as músicas ficam empolgantes.
Obs2: estou perdidamente apaixonado pela Lucy Rose.

Strokes: peguei na quarta música. Contrariando expectativas o show foi foda.
Obs: Julian bebaço e Fabrizzio exercitando a canastrice soltando um "I love you".

Groove Armada: hein????
Obs: zzzzzzzzzzzzz

 
Depois posto um texto mais elaborado sobre o Planeta Terra e sobre o show do Pearl Jam, acho.






segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Sobre Coldplay e Mylo Xyloto


Na última semana caiu na net o mais novo trabalho do Coldplay, “Mylo Xyloto”. O disco de nome estranho (que significa moinho de madeira, em grego) já havia sido parcialmente apresentado no Brasil quando a banda tocou no Rock In Rio, 7 músicas da nova remessa entraram no repertório.

Pegando carona no lançamento do álbum, segue uma lista com breves considerações sobre ta discografia da banda. No final, minha “escala Coldplay”, ou seja, os discos do grupo de Chris Martin em minha ordem de preferência.

Parachutes (2000)


O debut surgiu em um período em que 9 entre 10 bandas britânicas sonhavam em ser o Radiohead fase The Bends. E com o Coldplay não era diferente. Mesmo Parachutes sendo inferior a outros álbuns contemporâneos – como “The Man Who”, do Travis – é um bom disco. Boas canções melancólicas e desde já com um direcionamento mais pop.

Ouça: Yellow, Shiver e Don’t Panic



A Rush Of Blood To The Head (2002)




Depois do aclamado primeiro trabalho, o Coldplay já lança o segundo disco com status de “banda grande”. Em “A Rush Of Blood To The Head”, apesar das baladas serem ainda mais acessíveis (The Scientist, In My Place) que as do álbum anterior, algumas músicas com o clima mais angustiante (Politik, God Put A Smile Upon Your Face) fazem algo como uma “mea culpa” da banda em relação ao inevitável aprofundamento no som pop que a consagrou. A mistura funciona bem.

Ouça: The Scientist, Politik e Clocks





X&Y (2005)


O terceiro disco foi a primeira (e aparentemente irreversível) bola fora de Chris Martin e banda. Possivelmente devido ao sucesso que o grupo conquistou com os dois primeiros discos, em “X&Y” o referencial é definitivamente trocado: sai Radiohead, entra U2. E é aí que a coisa toda se perde. As guitarras são colocadas em segundo plano, sempre atrás dos teclados, o que mostra que os reflexos da banda de Bono Vox não são exatamente no som, e sim na megalomania. O resultado, no entanto, é anêmico. Canções arrastadas que, quando parecem atingir seu melhor momento remetem ao disco anterior.

Ouça: Speed Of Sound, Talk e X&Y



Viva La Vida Or Death And All His Friends (2008)


Ao ouvir pela primeira vez “Viva La Vida...” é inevitável constatar que estamos diante de um Coldplay totalmente diferente do despretensioso grupo de “Parachutes”, tempo em que Chris Martin não era alvo de paparazzis, não era casado com a atriz Gwyneth Paltrow e ainda não era um símbolo do “rock coxinha”. De toda forma, o disco tenta se redimir do tropeço no trabalho anterior. O clima continua com aspirações épicas, mas os sintetizadores saem de cena e as guitarras voltam – como fica claro na primeira música divulgada, Violet Hill – mas, acima de tudo, a qualidade das canções melhora em relação a “X&Y”.

Ouça: Violet Hill, Viva La Vida e Lost



Mylo Xyloto (2011)


Estamos em 2011. Coldplay já é uma banda mais que consagrada, headline de festivais gigantes e referência entre bandas bem sucedidas. Contrariando expectativas, fez um bom show no Rock In Rio e logo teve o disco novo disponível na net. O que esperar? Muitos fãs da fase “Parachutes”, já desistiram da banda, mas como a esperança é a última que morre, de repente pudesse dar um momento de loucura no Chris Martin e ele resolvesse retomar a carreira como era no início! Não, não foi isso o que aconteceu.

“Mylo Xyloto” é talvez o disco mais pop de toda a carreira da banda. Embora não tenha um hit realmente forte, como até o chatíssimo “X&Y” tinha, o disco é aparentemente inteiro pensado para não incomodar. Tudo muito “bonitinho”, “fofinho”. Com o perdão do machismo, é música para menina.

As músicas, com pegada eletrônica acentuada, soaram muito mais intensas no Rock In Rio. Para quem ouviu pela primeira vez Hurts Like Heaven no festival carioca, a decepção foi inevitável ao ouvir a versão de estúdio, cheia de barulhinhos importados dos anos 80 e bateria semelhante àqueles ritmos prontos de teclados amadores da Cássio.

Paradise aproxima o som ao de divas pop, como Rihanna, que não por coincidência participa de Princess Of China. Major Minus parece tentar trilhar um caminho diferente, mas não vai muito longe. Us Against The World é uma das baladas mais sonolentas de toda a carreira da banda. Por outro lado, Charlie Brown e Every Teardrop Is A Waterfall são dois exemplos de canções escancaradamente pop bem sucedidas.

Resumindo, se ainda restava alguma dúvida, o Coldplay definitivamente é uma banda pop e está feliz com isso. Afinal, uma carreira também é feita de escolhas. Se você espera um novo Parachutes, esqueça. A história agora é outra. A propósito, por onde anda o Travis?

Ouça: Charlie Brown, Every Teardrop Is A Waterfall e Don’t Let It Break Your Heart



Escala Coldplay

1) Parachutes

2) A Rush Of Blood To The Head

3) Viva La Vida Or Death And All His Friends

4) Mylo Xyloto

5) X&Y 

domingo, 9 de outubro de 2011

Rock In Rio 2011 - Balanço


Texto originalmente publicado no Portal Iradio

Passando a régua de vez no assunto Rock In Rio, nada mais justo que um balanço com as melhores e piores apresentações. Não estive na cidade do rock em nenhum dos 7 dias de evento, mas acompanhei um parte considerável do festival pela TV/internet. Mais ou menos uns 80% do palco mundo e uns 70% do sunset (cálculo sem a menor precisão).

Segue a lista:


Palco Mundo

Melhores Shows



1) Stevie Wonder
2) Metallica
3) Coldplay
4) Janelle Monae
5) Red Hot Chili Peppers

Stevie Wonder foi imbatível. E não só pela banda afiada e o repertório matador.Wonder é o show. Seja na voz incrível ou na simpatia, o cantor interagiu e dominou o público do início ao fim da apresentação.

Menções honrosas: Shakira, Motorhead, System Of A Down e Skank. Isso sem contar Ivete Sangalo e Slipknot, que apesar de serem shows quase que opostos tiveram a mesma característica: bons de palco, mas as músicas...


Piores Shows



1) Ke$ha
2) Detonautas
3) Glória
4) Maná
5) Tributo ao Legião Urbana

Ke$ha foi um lixo em tantos aspectos que fica até difícil enumerar. A voz parecia sair de uma dessas máquinas que “conversam” com você. O visual dela e do palco foi milimetricamente bizarro, tudo para “chocar” e posar de fodona. A atitude dela no palco então... vergonha alheia é pouco para tanta pose.


Palco Sunset


Melhores shows


1) Mike Patton/Mondo Cane + Orquestra de Heliópolis
2) Sepultura + Tambours Du Bronx
3) Cidadão Instigado + Júpiter Maçã
4) Tiê + Jorge Drexler
5) Tulipa Ruiz + Nação Zumbi

O projeto do workaholic Mike Patton (Faith No More, Mr. Bungle, Fantomas…) é voltado para canções italianas das décadas de 50 e 60. Mas não pense em nada cafona ou muito comportado. As versões insanas de Patton casaram perfeitamente com a Orquestra de Heliópolis, que interagiu com o vocalista de maneira brilhante. A atração entrou no festival desconhecida e saiu aclamada, tal qual o Faith No More, do mesmo Mike Patton, no Rock In Rio de 1991.


Piores Shows

Como assisti menos shows do palco sunset, me limito a colocar apenas dois na lista de piores: Marcelo Yuka + Cibelle + Karina Buhr + Amora Pêra, a falta de entrosamento entre as cantoras resultou em momentos constrangedores, como o refrão de “Minha Alma”; Angra + Tarja Turunem, confesso que não morro de amores pelo Angra, mas basta ter a audição funcionando para perceber o quão ruim foi o show. Som horrível, Edu Falaschi desafinando horrores e até Tarja se perdendo e entrando fora do som devido ao retorno, que devia estar ainda pior que o som para o público.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

E se você pudesse montar o seu próprio Rock in Rio?!


Imagine se você pudesse escolher a escalação completa do Rock In Rio de acordo apenas com o seu gosto musical! Pois bem, nos moldes do festival carioca (carioca?!), abaixo você vê todo um line up baseado única e exclusivamente no MEU gosto pessoal, ou seja, desconsidere a dificuldade de todos esses artistas dividirem o mesmo evento e outros problemas.

No meu Rock In Rio a lógica dos palcos é a mesma, Palco Mundo e Palco Sunset (ignorei a tenda eletrônica e a rockstreet), apenas com algumas diferenças. Na minha programação, o palco mundo conta sempre com uma ou duas atrações nacionais e o resto é internacional. Já o palco sunset, ao invés de explorar parcerias inusitadas como no Rock In Rio real, a ideia aqui é escalar bandas/artistas (ao menos a maioria) que tenham uma sonoridade mais “leve”, como um aquecimento para as atrações do palco principal.

Pois então, segue o line up do MEU Rock In Rio. Daria um rim para ir a um festival como esse. Sonhar não custa, não é mesmo?! E você, se pudesse escalar o line up do Rock In Rio ou de qualquer outro festival, como seria?

SEXTA-FEIRA



PALCO SUNSET
PALCO MUNDO

Josh Rouse


Bob Dylan


Roddy Woomble


Wilco


Stornoway


The Decemberists


Beeshop


Vanguart



Apanhador Só




SÁBADO



PALCO SUNSET
PALCO MUNDO

Bombay Bicycle Club


Neil Young


The Horrible Crowes


Arcade Fire


Lê Almeida


Manic Street Preachers


Céu


Wander Wildner



Banda Gentileza




DOMINGO



PALCO SUNSET
PALCO MUNDO

James Blake


Radiohead


Gotye


Weezer


Jair Naves


Yuck


Cícero Lins


Cidadão Instigado



Violins




QUINTA-FEIRA



PALCO SUNSET
PALCO MUNDO

Idlewild


The Cure


The Drums


The Killers


Cérebro Eletrônico


The Horrors


Curumin


Pública



Quarto Negro




SEXTA-FEIRA



PALCO SUNSET
PALCO MUNDO

Two Door Cinema Club


Foo Fighters


Holger


Queens Of The Stone Age


Emicida


Grinderman



Cage The Elephant



Black Drawing Chalks




SÁBADO



PALCO SUNSET
PALCO MUNDO

Band Of Horses


Bruce Springsteen


Lissie


Social Distortion


Tulipa Ruiz


The Gaslight Anthem


Lucy Rose


Ash



Los Porongas




DOMINGO



PALCO SUNSET
PALCO MUNDO

Noel Gallagher


Pearl Jam


Michael Kiwanuka


Arctic Monkeys


Fábio Góes


The Vaccines


Marcelo Jeneci


The Joy Formidable



Nevilton