domingo, 28 de junho de 2009

Bye Bye Michael. Rest in Peace


Michael Jackson (1958 - 2009)

Outro fenômeno pop como esse, só daqui a uns 700 anos. Foi a primeira coisa que me ocorreu ao ver o tamanho da cobertura dos veículos de comunicação e a comoção geral com a morte de Michael Jackson.

É obvio que a maioria dos que o crucificavam vai dizer que era fã do cara, o mesmo anteriormente rotulado como “pedófilo bizarro”, afinal é pop, ou cool, ou hype, ou simplesmente “tá na moda” lamentar a morte de Jackson.

A cobertura midiática já está e vai continuar ao longo da próxima semana daquele jeito que já conhecemos. Esqueça das novidades sobre a gripe suína ou sobre a queda do diploma de jornalismo, Michael está fazendo moonwalk sobre os diplomas e os porcos.

Vão chover, ou melhor, já estão chovendo programas especiais, biografias, documentários, matérias especiais com pessoas que acompanharam a gravação do clipe de They Don’t Care About Us dizendo como o cantor era amável, Glória Maria dando depoimento de quando entrevistou o artista e coisas desse tipo. Ah, não poderia me esquecer das entrevistas com fãs fanáticos de Jackson e muitos, mas muitos imitadores fazendo passinhos e tudo mais, a maioria com aquele visual do chapeuzinho e a franja sobre um olho. Algumas informações acabam sendo interessantes, outras totalmente descartáveis.

Sim, fiquei chocado, para não dizer triste com a notícia da morte de Michael Jackson. Isso não quer dizer que não dei risada de várias piadinhas de mau gosto que já estão circulando por aí, destaque para o Rafinha Bastos: “Anjinhos: Ponham uma roupa... AGORA!!!”, hehe.

Sobre os problemas pessoais do rei do pop, creio que a questão das plásticas e do “branqueamento” não nos cabe qualquer tipo de julgamento, cada um faz o que bem entende com seu corpo. Quanto às acusações de pedofilia, sabemos que no primeiro processo houve um acordo e no segundo Michael foi inocentado por falta de provas. Justo? Não sei. Mas prefiro acreditar na decisão da justiça americana do que em “achologismos” de algum brasileiro cheio de preconceitos e pré-julgamentos do outro lado do continente. E outra, Michael Jackson não era meu amigo, admiro muito sua carreira, agora, se ele era uma boa pessoa ou se abusava de crianças não cabe a mim dizer.

Fica a lembrança de um excêntrico e talentosíssimo artista. Suas músicas e seus passos serão eternizados, assim como sua vida perturbada, mas daqui a alguns anos espero, muito, que lembrem de Michael Jackson como o cara que deu ao mundo Thriller, Beat It, Billie Jean e tantas outras pérolas que entraram rodopiando elegantemente no imaginário pop mundial.

Bye Bye Michael. Rest in Peace.


Obs: Agora o Justin Timberlake vai ter que se pintar de preto e alargar o nariz.


Beat It (live in Japan, 1987)




Give In To Me (parceria com o Slash. música muito boa e pouco lembrada)




Jackson 5 - I Want You Back

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Michael Jackson - RIP

É real. O rei do pop deixou esse mundo. Confira nos portais brasileiros: G1, UOL, IG e TERRA.

Jornal e TVs dizem que Michael Jackson morreu, mas não há confirmação oficial

25/06/09 - 19h28 - Atualizado em 25/06/09 - 20h06
Fonte: G1, com agências internacionais



(...)

De acordo com o jornal "Los Angeles Times" e a rede de TV Fox News, o cantor Michael Jackson teria morrido nesta quinta-feira depois de ser levado às pressas para o hospital UCLA Medical Center. O site de celebridades TMZ e a agência de notícias Associated Press também deram a informação citando fontes próximas ao cantor.

Ainda não há confirmação oficial.

De acordo com a rede de TV CNN, Randy Jackson, irmão do cantor, afirmou que ele sofreu "um colapso em sua casa". Familiares do músico foram chamados ao hospital.

De acordo com nota publicada no site do "LA Times", o oficial Steve Ruda disse que Jackson não estava respirando quando os paramédicos chegaram à sua casa. Eles realizaram reanimação cardiopulmonar no local antes de conduzir Jackson para o hospital.

Procurado pelo site especializado em celebridades "E! Online", o pai do astro, Joe Jackson, disse que ele teve uma parada cardíaca. "Ele não está bem", afirmou. "A mãe dele está indo para o hospital neste momento para vê-lo. Não tenho certeza do que aconteceu. Estou esperando uma resposta deles."

O porta-voz do corpo de bombeiros de Los Angeles, Devin Gales, não confirmou a identidade de Jackson, mas disse que os paramédicos atenderam a um chamado feito no endereço do cantor às 12h21 locais.

Procurado pela AFP, o agente do cantor, Tohme E. Tohme, não foi encontrado para comentar a internação.

Tentativa de retorno

Michael Jackson, que completou 50 anos em 2008, anunciou em maio o adiamento de alguns dos shows de uma extensa temporada que ele faria em Londres neste ano.

A noite de abertura na O2 Arena, marcada inicialmente para o dia 8 de julho, foi remarcada para o dia 13 do mesmo mês, segundo os produtores. Além disso, algumas apresentações foram transferidas para 2010.

O adiamento das datas aumentou as especulações de que Jackson estaria sofrendo de problemas de saúde.
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Posto novidades logo mais.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Se essa música fosse minha 10# - A Little Respect - Fresno

Demorou para os emos descobrirem o potencial melodramático do tecnopop. A choradeira come solta.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

MySpace Brasil fecha as portas

Fonte: Portal Exame - Blog Zero e Uns - Sérgio Teixeira Jr
22/06/2009 - 19:53



O MySpace Brasil vai fechar as portas a partir de 1º de julho. Na realidade, se depender do humor da equipe daqui, já a partir de amanhã todos os funcionários vão querer esquecer a empresa.

A notícia chegou hoje no final da tarde à sede do MySpace Brasil, no bairro da Vila Olímpia, em São Paulo. Nem sequer o diretor da operação brasileira, Emerson Calegaretti, sabia da movimentação.

Segundo o relato que ouvi, Calegaretti primeiro foi surpreendido pela demissão do seu chefe, Victor Kong, o responsável pela América Latina. Algum tempo depois, soube que o escritório brasileiro também seria fechado.

Seus superiores enviaram um arquivo em Power Point que deveria ser exibido aos funcionários. Segundo os relatos que ouvimos, Calegaretti se recusou a fazê-lo. (Estamos tentando contato com ele, mas até agora não conseguimos.)

Calegaretti reuniu os funcionários e contou a novidade. "Fomos pegos de calças curtas", disse um dos demitidos. "É possível que um ou outro fique na Fox (empresa dona do MySpace) para manter o site em português, mas agora ninguém sabe de nada."

Embora a crise do MySpace não fosse novidade para ninguém, havia a expectativa de que a operação brasileira sobrevivesse. Há dez dias, num almoço que eu e a Camila Fusco tivemos com Calegaretti, ele confirmou que o MySpace Brasil dava lucro e era responsável pelo oitavo maior faturamento da empresa, entre os 30 escritórios mundiais da empresa.

Além do Brasil, México e Argentina também terão seus escritórios fechados.
Nenhuma palavra sobre o que será do acordo anunciado na quarta-feira passada com o iG, depois de longos meses de negociação. Nada, também, sobre outras parcerias que o site tinha com empresas de mídia e anunciantes.

Calegaretti havia comentado que tinha viagem marcada aos Estados Unidos, para conhecer o novo CEO da empresa, Owen Van Natta. "A passagem estava até comprada", disse nosso informante.

Pelo jeito, não vai acontecer. Antes que pudéssemos confirmar a informação, a assessoria de imprensa do MySpace Brasil nos disse que deve haver um comunicado sobre a empresa amanhã. Continuaremos tentando um contato com Calegaretti para obter mais detalhes.


Atualização: Notei que muitas pessoas andam comentando no Twitter que o MySpace vai desaparecer aqui. Não é isso. Embora ainda não tenha confirmação nenhuma, suponho que as páginas pessoais (e de bandas) que já existem continuarão no ar, e novas poderão ser criadas.
O que vai deixar de existir é a representação comercial do MySpace por aqui, além de toda a geração de conteúdo local.

Antes de o MySpace abrir um escritório brasileiro, muita gente já tinha um perfil no site. O Facebook não tem nenhum representante aqui, mas um monte de gente tem seu perfil lá. Idem para o Twitter.


De qualquer modo, essa é certamente uma das perguntas que faremos assim que conseguirmos contato com o pessoal do MySpace.
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Triste não? algo como um retrocesso. De qualquer forma, entretanto, se realmente as coisas acontecerem como a notícia diz, a plataforma continuará disponível, e com isso, se a movimentação brasileira no site aumentar, os dirigentes deverão repensar as atitudes em relação a Brasil.

domingo, 14 de junho de 2009

Notícia do Dia 16#

Faith No More volta aos palcos depois de 11 anos ausente

Fonte: Uol
12/06/2009 - 18h12


Revival anos 90? que seja...
Depois de 11 anos distante dos palcos, o Faith no More voltou essa semana a fazer shows. O primeiro foi na última quarta-feira (10) no Brixton Academy, em Londres, no mesmo local onde foi registado o disco ao vivo "You Fat Bastards: Live at the Brixton Academy", há 19 anos.

O retorno, que inicia a turnê da banda pela Europa, foi marcado por uma apresentação com 24 músicas, entre elas "The Real Thing", "Last Cup of Sorrow", "Midlife Crisis", "Easy" e "Epic". A abertura do espetáculo veio com uma versão para "Reunited", do Peaches & Herb.

A banda voltou com Mike Patton no vocal, Billy Gould no baixo, Jon Hudson na guitarra (que substituiu Jim Martin), Mike "Puffy" Bordin na bateria e Roddy Bottum nos teclados. Nesta sexta-feira (12), o Faith no More se apresenta no Download Festival (o evento é transmitido pelo site oficial), em Donington Park, no Reino Unido, e emenda a agenda de junho em uma série de festivais europeus.

Neste mês, a banda lançou uma coletânea com seus grandes sucessos. O disco duplo "The Very Best Definitive Ultimate Greatest Hits Collection" veio também com bônus de raridades.

Formado no começo dos anos de 1980, em São Francisco, o Faith no More estourou no final da década com o disco "The Real Thing" (1989), o primeiro com Mike Patton no vocal. O cantor substituiu Chuck Mosley, que gravou os dois primeiros álbuns da banda.

Veja o que o Faith No More tocou em seu show de retorno:

"Reunited" (Peach & Herb)
"The Real Thing"
"From Out Of Nowhere"
"Land Of Sunshine"
"Caffeine"
"Evidence"
"Chinese Arithmetic"
"Surprise! You're Dead!"
"Easy"
"Last Cup Of Sorrow"
"Midlife Crisis"
"Cuckoo For Caca"
"The Gentle Art Of Making Enemies"
"RV"
"King For A Day"
"Malpractice"
"Jizzlobber"
"Be Aggressive"
"Epic"
"Mark Bowen"
"Chariots Of Fire/Stripsearch"
"Just A Man"
"I Started A Joke"
"Pristina"

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Precisa falar alguma coisa? é só esperar para ver se realmente eles vêm para o Brasil.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Se essa música fosse minha 9#

Fluorescent Adolescent - Kate Nash



Enquanto o aguardado terceiro álbum do Artic Monkeys não chega, segue essa versão da Kate Nash. Dá uma chance pra ela vai...

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Notícia do Dia 15#

Pete Doherty é preso por uso de drogas na Suíça

Fonte: Portal G1, com agências internacionais
08/06/09 - 11h53


"They tried to make me go to rehab, but I said 'no, no, no'"

O cantor inglês Pete Doherty foi preso na Suíça por uso de drogas na noite desta sexta-feira (5). A polícia de Genebra confirmou a prisão, que ocorreu logo após a aterrissagem do voo em que o cantor estava presente.

O vocalista do Babyshambles foi libertado depois de pagar uma multa – ele teria injetado heroína no banheiro do avião em que viajava procedente de Londres, segundo o jornal suíço "Le Matin".

A tripulação da British Airways entrou em contato com a polícia depois de encontrar o músico desmaiado no banheiro do avião com uma seringa usada, completa o jornal.

Doherty ficou preso durante 29 dias em abril na Inglaterra após ser condenado por uso de substâncias ilícitas, após violar alguns termos de sua condicional.

Desde que foi libertado, o cantor de 30 anos não teve problemas com a polícia – ele chegou a fazer uma série de shows no Royal Albert Hall em Londres. Doherty lançou um álbum solo, “Grace/ Wastelands” no início do ano, e se apresentou no festival Neuchatel na Suíça neste fim de semana.
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Vai começar tudo de novo...

Música da Semana 6#

Para Fazer Sucesso - Romulo Fróes

Essa música é do álbum No Chão Sem o Chão, desde já, tido como um dos melhores de 2009. Tem o dom de agradar indies, fãs de MPB e de rock psicodélico.



Para fazer sucesso faça uma greve de fome
Para saber meu preço, olha como o bicho dorme
Para espalhar meu nome a água como a nuvem chove
E por saber de cor a cor do dia a gente foge
Para tocar no rádio, estádio e a praça a gente vai (?)
Manchete de jornal por sala, a grana, o fruto cai (?)
A luz da foto vem do sol e o sol também é foto
TV você me vê ao vivo entrevistando um morto

Eu sou um resto que eu detesto de um projeto cultural
Imobiliário, financeiro, otário quase oficial

Queimo a casa onde eu nasci
Queimo a cinza dessa casa
Queima, queima, queima, para de contar migalha, para de cantar
Põe as coisas no lugar,Guarda o fogo na fogueira
porque o fogo é o teu lugar.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Notícia do Dia 14#

Cantora Beth Ditto quer formar ‘supergrupo’ gospel com Susan Boyle

Fonte: G1
04/06/09 - 18h53


Conto de fadas: A fera e a fera
Beth Ditto, cantora da banda indie The Gossip eleita a mais cool de 2006 pelo semanário musical inglês “NME”, diz que vai convidar Susan Boyle para formar um “supergrupo” gospel.

A escocesa de 48 anos foi internada no último domingo (31) após ter sido derrotada na final do programa “Britain's Got Talent”. Ela ganhou fama mundial ao se apresentar pela primeira vez em abril, e em seguida ter sido vista por milhões de pessoas no site YouTube.

Beth Ditto disse que quer Boyle – que continua recebendo tratamento na clínica The Priory, em Londres, por esgotamento físico e mental – cantando com ela e a banda católica The Priests. “Susan devia juntar-se a mim. Nós seríamos o primeiro supergrupo gospel do mundo”, disse a cantora.

A líder do Gossip reforçou sua reprovação à maneira que os tabloides britânicos vêm tratando a caloura. “Acho horrível que tirem sarro de alguém que só quer cantar e amar Jesus. Só eu posso ajudá-la a sair dessa confusão.”
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Isso é sério (?!)

terça-feira, 2 de junho de 2009

Se essa música fosse minha 8#

Amigo - Ataque 77




Só para esquecer aquela coleção de versões caretas e covardes do especial de domingo na globo. O rei merecia coisa melhor. Então, nada como Robertão em versão punk rock. Hey Ho, Let's Go Broto!

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Notícia do Dia 13#

"Saímos do nosso período dark", diz baixista do Placebo sobre novo disco

JB Online
30/05/2009 - 08h00


"We´re happy family"
"Battle For The Sun", sexto CD do Placebo, traz a banda londrina em nova formação (é o primeiro disco com o baterista americano Steve Forrest). O bafafá em torno do álbum, contudo, se escora mais no otimismo claramente impregnado em canções como "For What It's Worth" e "Speak In Tongues". A característica pouco combina com o trio que amealha fãs de glam rock com visual e letras darks desde 1996.

"Estamos mais positivos ao pensar no futuro e isso aparece nas letras e nas músicas", explica o baixista Stephan Olsdal, em entrevista por telefone ao Jornal do Brasil, de Estocolmo, na Suécia, sua terra natal. "Saímos do nosso período dark. O disco anterior tinha muita dor e queríamos fugir disso. Trazer algo colorido, mais ousado. É como se fosse um renascimento".

Ao lado do vocalista e guitarrista belga Brian Molko, seu amigo de infância, Olsdal decidiu dar outros rumos ao Placebo. Para ele, ao escutar o disco é fácil perceber que decidiram "viver melhor a vida". O fim do contrato com a Virgin Records e a não renovação com a gravadora reforça o discurso sobre mudanças. "Battle For The Sun" sai de forma independente, com distribuição da EMI.

"Era melhor para nós não assinar com uma major", assegura o baixista. "Independentes temos mais espaço, somos os donos das nossas próprias músicas. E também pudemos selecionar melhor com quem trabalharíamos. Hoje, escolhemos todos os profissionais que nos cercam com mais cuidado".

Foi assim com o novo membro do Placebo, o baterista californiano Steve Forrest. Em 2007, Steve Hewitt saiu da banda. Depois de segurar as baquetas do Placebo por 11 anos, deu lugar ao xará. O contato com Forrest veio por meio das turnês: a banda anterior do americano, Evaline, abriu shows do Placebo. Nem mesmo a diferença de idade foi um empecilho. O integrante recém-chegado tem apenas 22 anos, sendo que Molko já chegou aos 36 e Olsdal aos 35.

"Tínhamos que pensar que seria alguém com quem passaríamos muito tempo. A afinidade tinha que ser musical e pessoal", justifica a escolha. "Algo muda, porque eles são pessoas bem diferentes. Steve tem ótimas ideias, não tentou copiar o estilo dos anteriores. E o garoto tem só 22! Ele está bastante empolgado. Você vê que ele quer que dê certo, como se fosse a chance da vida dele".

Como é de praxe na carreira do Placebo, eles não repetem produtores. Cada álbum da discografia representa uma nova parceria com um profissional do ramo. Mas por qual motivo vivem trocando de produtor? "Até agora, em cada novo disco queríamos fazer algo que fosse uma reação ao anterior. Nunca foi uma opção repetir, ainda mais nessa parte da nossa carreira. Não sei como será nos próximos discos", responde.

Lançado em 2006, "Meds" é descrito por membros da banda e seus fãs como um dos discos mais sombrios: cheio de sofrimento e claustrofobia por todas as faixas. Em entrevista recente, Brian Molko definiu o CD como "pegar um microscópio e examinar a dor de alguém por meio dele".

Para o vocalista, a alegria impressa nas novas canções faz com que o Placebo se torne até mesmo mais acessível. Desta vez, Molko e companhia recrutam David Bottrill. A lista de trabalhos pregressos do produtor inclui discos com os britânicos do Muse, os australianos do Silverchair e, principalmente, com o cantor inglês Peter Gabriel.

"É ótimo saber que ele produziu bandas pesadas como o Tool e artistas pop como o Peter Gabriel. Soava interessante", conta. "Parecia o passo certo. David Bottrill é muito sofisticado. Olhando para trás foi uma ótima decisão. Ele é bom nas relações com as pessoas e foi importante na parte dos arranjos.

O baixista revela que Bottrill pinçava partes de cada uma das músicas e as juntava de novo. Processo que impressionou o trio. "Ele nos fez sentir que mesmo que o trabalho não fosse para o disco, seria importante para nosso crescimento como banda. David é como um técnico de futebol", compara o músico.

Por mais que anunciem tantas mudanças, o procedimento de retrabalhar canções de outros artistas continua na agenda do grupo. Depois de criarem versões para músicas de T. Rex ("20th Century Boy"), Pixies ("Where's My Mind") e The Smiths ("Bigmouth Strikes Again"), registram "Wouldn't It Be Good", do cantor britânico Nik Kershaw.

"As canções precisam significar algo para nós. Elas têm que fazer parte da nossa história. Crescemos com todas as músicas de outros artistas que regravamos. E são canções pop com letras obscuras", explica o baixista.

Por enquanto mais envolvida em aparições nas TVs e rádios do que em festivais, a banda viaja pela Europa, continente onde mantém seu maior séquito de admiradores. Para agradar seus fãs do Velho Continente, já gravaram "Protège Moi", cantada em francês por Molko, que é fluente no idioma.

Assim que abandonarem o giro promocional, começam a excursionar. O Brasil pode, mais um vez, ser inserido na turnê mundial. Em 2005, eles foram a atração principal da primeira etapa do festival Claro Q É Rock. A banda percorreu nada menos do que oito cidades (Recife, Salvador, Porto Alegre, Florianópolis, Brasília, Campinas, São Paulo e Rio), com cinco bandas independentes abrindo as noites. “Quando a turnê acabou, fui ser DJ em festas pelo Rio", recorda o baixista. "Foi incrível, passamos muito tempo vagando por aí. Vimos um pouco do país e notamos algumas das diferenças culturais que vão do Norte ao Sul".
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É, lendo as declarações do Brian Molko parece até que o novo álbum do Placebo soa como o Scissor Sisters, pelo pouco que ouvi não é bem isso não, mas parece ser diferente da repetição em que eles vinham batendo.

Podcast Programa de Indie 19#

Programa exibido dia 01/06/2009 pela webrádio Iradio.

Produção e apresentação: Eduardo Martinez
Técnica e direção: Clemerson Mendes

Playlist da edição 19#

Race For The Prize – The Flaming Lips
Manhattan - Kings of Leon
Anti-Orgasm - Sonic Youth
Speak In Tongues - Placebo
For What Is Worth - Placebo
Leaky Lifeboat - Sonic Youth

Música da Semana 5#

If You Ever Go To Houston - Bob Dylan

Já vou avisando, é cafona, mas não deixa de ser muito boa. Imagino o Dylan como animador de quermesse cantando essa música. Surreal? nem tanto vai...



if you ever go to houston better walk right
keep your hands in your pockets and your gun-belts tied
if you're asking for drama, if you're looking for a fight
if you ever go to houston, boy you better walk right

if you're ever down there on bagby and lamar
you better watch out for the man with the shining star
better know where you're going or stay where you are
if you're ever down there on bagby and lamar

well i know these streets i've been here before
i nearly got killed here during the mexican war
something always keeps me coming back for more
i know these streets i've been here before

if you ever go to dallas, say hello to mary-ann
say i'm still looking along the trigger, hanging on the best i can
if you see her sister lucy, say i'm sorry i'm not there
tell her other sister nancy to pray the sinner's prayer

i gotta rest this fever bury it in my brain
better keep right forward, can't spoil the game
the same way i'll leave here will be the way that i came
gotta rest this fever bury it in my brain

mr. policeman, can you help me find my gal
last time i saw her was at the magnolia motel
if you help me find her, you can be my pal
mr. policeman, can you help me find my gal

if you ever go to austin, fort worth or san anton'
find the barrooms i got lost in and send my memories home
put my tears in a bottle screw the top on tight
if you ever go to houston, buddy you'd better walk right