

Previously on lost:
Henry Gale, Benjamin Linus, o Zep de Jogos Mortais I, THOM YORKE?! Quem será essa figura tão importante na saga do sobreviventes do vôo Oceanic?!

A melhor definição que ouvi para o trabalho mais recente desses goianos é que o álbum é um soco no estômago. Realmente, a crueza das letras de “Anti-herói (parte 1 e 2)”, “Campeão Mundial de Bater Carteira”, e principalmente “Grupo de Extermínio de Aberrações” podem causar náuseas e outros sintomas típicos de quem percebe que dias piores virão. Todo o lirismo e as lamúrias (criticados por alguns) dos álbuns anteriores continuam presentes, mas dessa vez cobertos por uma espessa camada de sujeira, seja nos acordes ou nas palavras.
A competência do Terminal Guadalupe já havia sido atestada em seu primeiro álbum Você Vai Perder o Chão (2005). Agora com A Marcha dos Invisíveis vêm a comprovação, letras inteligentes aliadas a boas guitarras e ótimas melodias pop. É fácil notar a influência do Legião Urbana (se alguém pensou em Catedral esqueça), tanto no discurso quanto na entonação.
“Rock Amazônico”, “Green Indie”, nada mais inspirador para rótulos esdrúxulos que uma banda de rock vinda do Acre, mas que o Los Porongas é uma excelente banda não é mais segredo para ninguém. Algumas letras podem causar certo estranhamento no início, mas é só aguardar um pouco e perceber como a coisa flui como poucas bandas no país.
Uma das bandas independentes mais festejadas de 2007 corresponde as expectativas com seu primeiro álbum. Misturando composições em inglês e português o disco traz em suas músicas um folk rock com frescor de novidade e um vocalista “thomyorkiano”.