quinta-feira, 5 de maio de 2011

Wasting Light - Foo Fighters



Dave Grohl é constantemente classificado como um dos gênios de sua geração. E não é para menos. Têm no currículo as baquetas do Nirvana, e esteve em ótimos projetos, como Them Crooked Vultures, Probot, tocou (e muito) no melhor disco do Queens Of The Stone Age, entre outros.

Mas a verdade é que, no Foo Fighters, sua principal ocupação, estava devendo um bom disco desde o One By One (2002). In Your Honor (2005) apesar de ter a incrível “Best Of You”, é um disco confuso e bastante irregular. E Echoes, Silence, Patience And Grace (2007) é sem dúvida o ponto mais baixo da discografia do grupo.

No entanto, enfim, Grohl arregaçou as mangas, cercou-se de referências certeiras e nos deu um belo disco, Wasting Light. No album, a banda usa sua melhor arma, canções com peso e vigor, mas totalmente palatáveis e com refrões descaradamente pop e assobiáveis.

É nítida a influência de trabalhos anteriores de Grohl, como QOTSA, Them Crooked Vultures e do próprio Nirvana. O revival grunge é acentuado pela produção de Butch Vig, responsável pelo lendário Nevermind, participação de Krist Novoselic em uma faixa (“I Should Have Known”) e a volta de Pat Smear à banda. Sim, agora são três guitarras.

Não há nada de realmente novo no disco, o que hoje em dia pode ser um problema. Por outro lado, a banda se alinha (mesmo que inconsciente) a uma espécie de retomada do grunge, que compreende a volta de nomes como Alice In Chains, Soundgarden e Stone Temple Pilots, e ainda uma nova geração que bebe nessa mesma fonte (Cage The Elephant, Yuck, Dinosaur Pile-Up).

Wasting Light já é o sétimo disco de inéditas do Foo Fighters, ou seja, a banda não é mais nenhuma promessa. Com isso, se continuar lançando discos como esse, mesmo que sem “olhar pra frente”, ninguém deve reclamar, vide ACDC, Motorhead e outros... a música continua.

Um comentário:

@marcusmartines disse...

Valeu, Dudu! Vou comprar, rss!